Previdência Social: Pagamento do 13º salário em 2015 é 9,5% maior que o do ano anterior

Montante do benefício estimado para este ano (R$ 173 bilhões) é R$ 15 bilhões maior que do ano passado. Número de beneficiários ficou praticamente estável

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Apesar dos percalços da economia e seus impactos sobre o mercado de trabalho, o bolo do décimo terceiro salário pago este ano (2015) ao brasileiro crescerá 9,5% em relação ao ano passado. São R$ 15 bilhões a mais injetados no consumo de produtos da indústria, comércio e de serviços.

O mercado vai faturar um total de R$ 173 bilhões com o pagamento do benefício anual a aproximadamente 84,4 milhões de trabalhadores formais, apenas 0,3% a menos que em 2014.

A estimativa é do Departamento Intersindical de Estudo Sócio-econômico (Dieese), elaborada em novembro. O valor representa 2,9% do Produto Interno Bruto (tudo que o país produz), estimado neste ano em cerca de R$ 5,8 trilhões.

O pagamento do 13% representa ganho médio extra de R$ 1,924 mil a cada beneficiário. O maior valor médio por trabalhador está no Distrito Federal (R$ 3.590,00) e é 86,6% (quase o dobro) superior à média nacional.

Do total, R$ 51,5 bilhões (29,7%) serão pagos a 33,6 milhões de aposentados ou pensionistas da previdência social. O prazo para conclusão do pagamento do benefício é dia 20 de dezembro, data final do repasse da segunda e última parcela ao trabalhador. Por ser domingo, o pagamento deverá ser antecipado para sexta-feira (18). A primeira foi paga na última segunda-feira (30).

Informais não entram – A estimativa do Dieese traduz um crescimento de R$ 15 bilhões, ou praticamente 9,5%, no bolo total do benefício em relação ao ano anterior. Em 2014, o 13% engordou a economia em R$ 158 bilhões.

Os dados do Dieese representam uma expectativa do volume total de 13º salário pago no decorrer dos 12 meses, que tem seu maior repasse nos últimos dois meses do ano. Do cálculo ficam fora os autônomos, informais e outros tipos de acertos entre as partes.

A maior parte do abonos (70,3% ou R$ 121,7 bilhões) se destinam aos formalizados (celetistas); inclusive domésticos. Os estados do Sudeste, que concentram o maior número de beneficiários, retêm 51,3% do bolo. A menor média por trabalhador que recebe o 13% está no Maranhão e Piauí (R$ 1,3 mil).

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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