Previsão para 2025 dobra produção de petróleo no Brasil
Análise da Agência Nacional de Petróleo (ANP) indica perspectiva de resultado muito melhor que as apontadas pelo Plano Nacional de Energia 2030, editado pelo MME em 2007
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O cenário da produção de petróleo no Brasil para os próximos dez anos está melhor do que as previsões oficiais do Ministério de Minas e Energia elaboradas na década passada e contidas no Plano Nacional de Energia (PNE 2030). O documento, de 2007 – quando as reservas da camada pré-sal eram ainda uma promessa – é assinado pelo ainda presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
O país deve dobrar a produção de petróleo até 2025, indicam as análises da Agência Nacional de Petróleo (ANP) reveladas pelo diretor de Gás Natural e Biocombustíveis, Waldyr Barroso, durante evento do setor petrolífero realizado nessa quarta-feira (13) no Rio de Janeiro.
Barroso afirmou que a produção nacional será de 4,4 milhões de barris diários na metade da próxima década, contra os 2,2 milhões produzidos em 2014. O PNE 2030, porém, estimou em 2,96 milhões de barris/dia o total da oferta brasileira dentro de 15 anos.
Mesmo referindo-se a cinco anos além da projeção de Barroso, o número do PNE 2030 é, portanto, 48,6% inferior ao dado atualizado pela ANP para 2025. Barroso afirmou que a estimativa teve como base informações atualizadas de concessionárias de exploração e produção que atuam no país.
No último plano de negócios da Petrobras (2013), a estatal anunciou estimativas mais ambiciosas: previa chegar em 2020 com produção de 4,2 bilhões de barris de petróleo por dia. O plano está sendo revisado para adequar-se às recentes medidas de enxugamento e ajuste patrimonial anunciados pela estatal.
A série de análises “Infraestrutura/10minutos”, da empresa de consultoria e auditoria PriceWaterhouse&Coopers (PwC), de janeiro deste ano, estima que a taxa média de crescimento do setor de extração de petróleo no Brasil será de 5% até 2025, ano em que 30% da produção estará concentrada no pré-sal.
Os analistas da PwC estimam que os gastos do setor vão crescer de US$ 22 bilhões por ano (R$ 66,2 bilhões a preços de hoje) em 2006 para R$ 94 bilhões (R$ 282,9 bilhões) em 2025.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias