Processo de impeachment é movido por ódio e preconceito, critica Lula

Ex-presidente participou, juntamente com Rui Falcão, de plenária de mobilização contra o golpe. Para Lula, a oposição ainda continua em campanha eleitoral, mesmo após derrotada nas urnas em 2014

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta segunda-feira (7), a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff por parte do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para Lula, a iniciativa é movida por ódio e por inveja.

“O impeachment tem que ter uma razão, tem que ter uma motivação. E, no caso da Dilma, não tem nenhuma motivação a não ser ódio, a não ser preconceito, a não ser tentar desmontar um projeto que, com ajuda de milhões de pessoas que vivem no anonimato, que produzem a riqueza deste país, ajudaram a gente a construir”, disse Lula durante fala na Plenária Organizativa Contra o Golpe.

Além de Lula, participaram da reunião o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão; o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas; Gilmar Mauro, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); e representantes de diversos movimentos progressistas.

Para Lula, a oposição ainda continua em campanha eleitoral, mesmo após derrotada nas urnas em 2014. O ex-presidente também reforçou que a população brasileira não pode “permitir um golpe de estado em forma de impeachment”.

“Para recolocar o trem de volta nos trilhos a gente não pode permitir que haja um golpe de Estado via impeachment no Congresso Nacional”, afirmou Lula.

“A oposição ainda não desmontou o palanque e faz todo o esforço para evitar que a Dilma governe”, lembrou o ex-presidente.

Rui Falcão reforçou que o pedido de impeachment contra Dilma pode resultar, após ser derrotado na Câmara, em mais governabilidade. “A chantagem espúria colocou a possibilidade do governo mudar”, afirmou.

“No meio do jogo eles querem mudar, no tapetão, pois perderam 4 vezes seguidas e não se conformam com isso. A luta precisa ter foco: a defesa da democracia”, completou Rui.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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