PSDB abandona posições históricas para atacar o governo

Veto ao fator previdenciário e o fim da reeleição são exemplos da mudança de pauta da oposição, que tem como único objetivo desestabilizar o governo e, com isso, prejudica o País

Foto: Agência Estado

O PSDB tem feitos escolhas no Congresso Nacional que saem da pauta defendida há anos pela legenda apenas com o objetivo de atacar e tentar desestabilizar o governo. Prova disso é o veto ao fator previdenciário e a reeleição, criados durante o governo Fernando Henrique, e a aprovação de estender a regra do reajuste do salário mínimo aos aposentados.

Para o líder do PT na Câmara, Sibá Machado, a oposição tem agido de maneira desesperadora e irresponsável ao querer simplesmente atacar o governo, sem antes pensar nas consequências das iniciativas.

“No momento em que estamos precisando equilibrar as contas do país, a oposição passa a ser contra apenas para contra-atacar uma disputa política que não cabe no país neste momento. O veto ao fator previdenciário pode quebrar a previdência”, afirma.

O deputado ressalta que o Partido dos Trabalhadores está agindo de acordo com as centrais sindicais e com a sociedade, mas a oposição pensa apenas em “criar factoides e destruir o país”.

“O que eles fazem não é oposição, é tentativa de tomar o poder a qualquer custo”, completa.

A possibilidade de reeleição foi criada em 1997, no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), que foi o primeiro a se beneficiar com a lei. Já o fator previdenciário, cálculo que incentiva o contribuinte a trabalhar por mais tempo, entrou em vigor no ano de 2000 e também foi proposto pelo PSDB.

Ao contrário de minimizar as perdas, o PSDB incentiva o aumento dos gastos quando vetou o fator previdenciário. O próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a postura do partido em uma entrevista ao jornal “Estadão”.

“Acabar com o fator previdenciário agrava a situação fiscal e, a médio prazo, o custo disso cairá no bolso do povo. O PSDB votar como votou abala seu prestígio, embora em camadas de menor peso eleitoral”, afirmou.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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