PT e Coalizão traçam estratégias de atuação para reforma política
O objetivo é garantir votos suficientes para reverter a institucionalização do financiamento empresarial de campanha, aprovado em primeiro turno na Câmara
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Deputados e senadores do PT se reuniram nesta quarta-feira (1º) com membros da Coalizão pela reforma política democrática e eleições limpas para traçar as estratégias para a votação, em segundo turno, na Câmara, e para quando a proposta chegar ao Senado.
O objetivo, revelou a vice-presidente do PT e coordenadora nacional da campanha pela reforma política, Gleide Andrade, é garantir votos suficientes para reverter a institucionalização do financiamento empresarial de campanha.
De acordo com Gleide, o partido e a Coalizão farão uma campanha para informar a população sobre os temas a serem apreciados pelo Congresso. “Nós vamos fazer um trabalho de grande mobilização nas redes sociais para criar um constrangimento ao parlamentar que traiu a vontade popular”, afirma.
Em outra frente, a aliança vai mobilizar os movimentos sociais e lideranças políticas para pressionar parlamentares em suas bases eleitorais. Segundo Gleide, essa é a estratégia possível diante do modo “relâmpago” como a questão está sendo encaminhada na Câmara.
“Esse é o trabalho que podemos fazer,, visto que temos um presidente (deputado Eduardo Cunha) que vota tudo a toque de caixa. E ele fará certamente essa votação na próxima semana, temendo alguma mobilização social”, sustenta Gleide.
Para o Senado será desenvolvida uma nova campanha. De acordo com a dirigente, há expectativa de encontrar terreno mais amistoso entre os senadores para barrar o financiamento empresarial de campanha, instituir cotas para as mulheres e acabar com as coligações proporcionais.
“São três questões fundamentais para o avanço da democracia brasileira. Quero crer que a contrarreforma do Eduardo Cunha seja desmascarada no Senado”, declarou Gleide.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias