PT luta para garantir maior participação das mulheres na política
O projeto de reforma política do partido defende o mínimo de 50% do gênero no parlamento. O fim do financiamento empresarial também está na pauta
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A bancada do PT no Congresso Nacional e representantes do projeto de reforma política da coalizão, definiram, em reunião nesta quarta-feira (6), ações contra a constitucionalização do financiamento empresarial e em defesa da paridade de gênero na política.
A vice-presidente Nacional do PT e responsável pela campanha da reforma política do partido, Gleide Andrade, ressalta a atitude pioneira do PT em não aceitar financiamento empresarial de campanha. “Nós defendemos financiamento público exclusivo e nós estamos convidando os outros partidos a seguirem nosso exemplo”, reforça.
Em relação a paridade de gênero, Gleide Andrade defende que seja dada maior visibilidade ao tema e explorada a importância das mulheres nos espaços de poder. “Nós lutamos para garantir a paridade imediata de 50%”, observa.
A luta incessante do PT pela paridade se justifica em números. Atualmente na Câmara, dos 513 deputados, apenas 51 são mulheres. No Senado, elas ocupam apenas 13 das 81 cadeiras.
A primeira mulher eleita deputada federal pelo estado da Bahia, Moema Gramacho (PT-BA) acredita que será um desafio aumentar a representatividade de gênero no parlamento. “Nosso plenário é muito conservador e machista, por isso, nossa luta não será fácil. Teremos dificuldade em avançar”, afirma.
Exemplo claro da desigualdade entre homens e mulheres no Parlamento é a sub-representação feminina em comissões e espaços de destaque. “Dos 34 membros titulares, apenas três são mulheres. Isso mostra como os partidos tratam e vão tratar as mulheres na reforma política”, denuncia Gramacho.
O apelo da bancada feminina no Congresso para reestruturar o parlamento na questão de igualdade para ocupação de vagas é uma demanda também da sociedade. De acordo com pesquisa “Mais Mulheres na política” do Ibope/Instituto Patrícia Galvão, 71% da população demonstrou apoio à reforma política para garantir maior participação de mulheres.
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Noticias