PT rebate ataques de Joaquim Barbosa

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa parece não querer perder o protagonismo político mesmo após a saída do cargo. No sábado (14), em sua conta no Twitter, Barbosa pediu a demissão do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por ter recebido advogados da Operação Lava Jato, segundo mais uma matéria tendenciosa de Veja. Para o Partido dos Trabalhadores (PT), Cardozo cumpria sua função e o ato de Barbosa tem interesses políticos.

‘’Ele diz que se aposentou por dor nas costas, mas o objetivo era outro: militar e tentar um cargo político a curto prazo”, afirmou o secretário de Comunicação do PT, José Américo, à imprensa

Para o petista, o ato do ex-ministro da Suprema Corte revela seu interesse em voltar à cena política, vislumbrando as próximas eleições de 2018. ‘’Ao polemizar com Cardozo, Barbosa repete seu ativismo jurídico e mostra que o tempo todo tinha objetivo político”, completou.

No sábado, Barbosa afirmou em seu Twitter que é um ‘’direito e dever’’ dos brasileiros ‘exigir que a presidente Dilma demita imediatamente o ministro da Justiça”. O ex-ministro da Suprema Corte afirmou ainda que os advogados envolvidos em processos criminais devem recorrer ao juiz e “nunca a políticos’’.

“Os que recorrem à política para resolver problemas na esfera judicial não buscam a Justiça. Buscam corrompê-la. É tão simples assim”, publicou na rede social.

‘’Saudade dos holofotes’’- Para o criminalista Antônio Carlos de Almeida, o ataque de Barbosa contra o ministro da Justiça deixa clara a sua ‘’saudade dos holofotes’. ‘Como é Carnaval parece ser uma piada de salão: um ex-ministro do Supremo sair do ostracismo para tentar pressionar a presidente da República e pedir a demissão do ministro da Justiça”, disse.

O coordenador jurídico do PT, Marco Aurélio Carvalho, também se manifestou sobre o assunto e defende que o ex-ministro do STF respeite seus colegas do Direito.

‘Por ironia do destino, ele se aposentou e hoje procura fazer o que sempre criticou: pediu carteirinha da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] para sobreviver”. A OAB concedeu a carteira de advogado a Barbosa em outubro do ano passado.

“Agora, precisará respeitar os seus pares e a liturgia da nobre função que abraçou”, completou Carvalho.

Para o advogado Luiz Fernando Pacheco, que foi expulso por Barbosa do plenário do STF, durante o julgamento da AP 470, a postura do ex-ministro a revela seu caráter ‘’populista’’ e demonstra seu desrespeito aos profissionais de direito. Pacheco foi realizou a defesa do ex-presidente do PT, José Genoíno, durante o julgamento da ação no STF.

Da redação da Agência PT de Notícias, com Informações de Brasil 247