Quase 1 ano depois, tucanos admitem segurança das urnas
Tucanos promovem perseguição contra a gestão de Dilma Rousseff, mesmo sem provas jurídicas que desabonem governo PT
Publicado em
A derrota nas eleições presidenciais de 2014 que resultou na perda do então candidato Aécio Neves (PSDB-MG) para a presidenta Dilma Rousseff já pode ser, finalmente, aceita pelos tucanos. Auditoria feita pelo próprio PSDB concluiu, quase um ano depois da representação feita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que não houve fraude nas urnas eletrônicas.
A contestação dos tucanos ao resultado eleitoral foi o primeiro movimento do PSDB para tentar retirar o mandato de Dilma Rousseff. Na ocasião, a oposição decidiu promover uma auditoria nas urnas, apenas três dias depois do segundo turno das eleições presidenciais. Na época, eles alegaram que a população questionava pelas redes sociais a veracidade do resultado das eleições.
Em dezembro de 2014, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffolli, argumentou que a ação dos tucanos não poderia basear-se em “em relatos de suposta descrença por parte da população brasileira quanto à segurança do sistema eletrônico”.
Apesar da resposta do TSE afirmando a transparência da Justiça Eleitoral, o órgão disponibilizou os dados das urnas e o PSDB fez a análise.
No entanto, mesmo com a confirmação sobre a segurança das urnas eletrônicas, o PSDB não deixa de fazer investidas contra a presidenta Dilma. A busca por impeachment é anunciada pelos tucanos que acreditam que a rejeição das contas do governo de 2014, feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na quarta-feira (7), é garantia de golpe.
Porém, as supostas os questionamentos feitos nas contas da presidenta Dilma Rousseff são falhas técnicas que também ocorreram em governos passados, destacou o deputado federal o deputado federal Pedro Uczai (PT-SC).
“No meu entendimento não existe pedalada fiscal. Evidente que o banco público tem que estar a serviço da sociedade brasileira para implementar os programas sociais do Estado Brasileiro. Esse dinheiro que o banco público paga do Bolsa Família, por exemplo, quando não tem do Tesouro, é devolvido pelo Governo em períodos distintos. Essa é a prática histórica na contabilidade das contas públicas da União”, disse.
Os desdobramentos do fato serão analisados pela Comissão Mista do Orçamento (CMO).
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias