Reajuste do IR: Entenda como a medida beneficiará trabalhador
Com aumento de 5% nos valores da tabela, pessoas que recebem salários no valor de até R$ 1.999,18 estarão isentas do IR
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Durante o ato do Dia dos Trabalhadores de domingo (1º), a presidenta Dilma Rousseff anunciou o reajuste de 5% na tabela do Imposto de Renda. A medida, que deve virar projeto de lei, vai beneficiar os trabalhadores de menor renda, pois amplia a faixa de pessoas isentas de pagamento à Receita Federal.
Na nova proposta, quem ganha até R$ 1.999,18 por mês não vais mais pagar o imposto. Na tabela anterior, a isenção era somente para salários de até R$ 1903,98. A segunda faixa, que paga 7,5% de imposto, e que até então era de R$ 1903,98 até 2.826,65 passará para R$ 1999,18 a R$ 2.967,98.
Já a terceira faixa, que contribui com uma alíquota de 15% e era de R$ 2.826,65,65 até R$ 3751,05, vai para R$ 2967,98 a R$ 3938,60. A última faixa, de 27,5% de imposto, foi reajustada de salários a partir de R$ 4.664,68 para R$ 4.897,91.
Na prática, isso vai beneficiar os brasileiros que possuem salários abaixo de R$ 2.000 e que se enquadravam na primeira faixa.
A mudança na tabela do Imposto de Renda é uma antiga reivindicação do PT. No início do ano, a bancada do PT na Câmara dos Deputados enviou uma proposta com várias medidas para a reforma tributária, com o intuito de reduzir os impostos para os mais pobres e aumentar para os ricos. Entre elas, estava a mudança no Imposto de Renda. Veja aqui.
Outros reajustes
A proposta fechada ainda não foi divulgada, mas estudos veiculados na imprensa indicam que o reajuste se estenderá para o desconto padrão e abatimentos.
Quem escolhe fazer a declaração simplificada tem atualmente um desconto padrão de 20%, que é uma parcela média que o governo considera para gastos médios de saúde e educação. Essa taxa também seria reajustada em 5%. Assim, a parcela da renda que é isenta seria ampliada, beneficiando os assalariados.
Outro reajuste seria nos abatimentos. Para quem não optar pela tabela simplificada, o governo estipula valores máximos para gastos com saúde e educação. Esses valores também serão reajustados em 5%, de forma que o abatimento também será ampliado.
Da Redação da Agência PT de Notícias