Redução da pobreza no Brasil é exemplar, diz ONU
Entidade também afirmou que o País está acima da média mundial na redução da mortalidade na infância
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O Brasil realizou uma revolução silenciosa, em pouco mais de uma década, ao reduzir radicalmente a miséria. É o que aponta o relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
O documento trata dos resultados da primeira meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), definidos pelas Nações Unidas no início dos anos 2000.
Segundo o levantamento, o Brasil foi um dos que mais contribuíram para o mundo alcançar a meta proposta pelo primeiro dos oito objetivos da ONU até 2015: “Acabar com a pobreza extrema e com a fome”, tornando-se referência internacional em relação ao assunto.
Isso porque, enquanto o mundo conseguiu reduzir a pobreza extrema pela metade, de 47% em 1990 para 22% em 2012, o Brasil, no mesmo período, erradicou a fome e fez com que a população extremamente pobre do País caísse para menos de um sétimo do registrado em 1990, passando de 25,5% para 3,5% em 2012.
De acordo com o estudo, o “cumprimento pelo Brasil do primeiro dos ODM, muito antes de 2015, não foi obra do acaso”, e sim resultado de políticas públicas inovadoras como o Cadastro Único para Programas Sociais, que permitiu que o Bolsa Família chegasse aos 5.570 municípios do País.
“A população começou a ter acesso à alimentação, principalmente por ter acesso à renda, o que se deve a políticas como o aumento do salário mínimo e a programas como o Bolsa Família que garantiram renda para a população em situação de pobreza que, por condições históricas de desigualdade, não conseguia ter uma renda suficiente para manter sua família com dignidade”, afirmou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, em entrevista à TV NBR.
Redução da mortalidade na infância – Ainda segundo a ONU, nosso País também é exemplo na redução da mortalidade na infância.
Isso porque, à frente de muitos países e com quatro anos de antecedência, o Brasil alcançou em 2011 a meta de redução da mortalidade na infância, o quarto dos oito Objetivos do Milênio.
A taxa passou de 53,7 óbitos por mil nascidos vivos em 1990 para 17,7 óbitos por mil em 2011. A meta estabelecida para o País consiste em reduzir a mortalidade entre crianças menores de 5 anos a dois terços do nível de 1990.
De acordo com o Relatório ODM 2013, elaborado pela ONU, a taxa mundial de mortalidade na infância caiu 47% em 22 anos.
Embora o ODM-4 diga respeito à mortalidade de crianças até cinco anos, o Brasil também já atingiu a meta estabelecida em relação às mortes de crianças com menos de 1 ano de idade.
Essa taxa caiu no País, de 1990 a 2011, de 47,1 para 15,3 óbitos por mil nascidos vivos, superando a meta de 15,7 óbitos estimada para 2015.
A oficial do Pnud no Brasil, Leva Lazarevicute, ressaltou a efetividade de programas adotados no País para a diminuição da mortalidade na infância.
“Esse tipo de mecanismo, as políticas que promovem a vacinação, que promovem a amamentação materna, bancos de leite, que inclusive já serviram de inspiração para vários outros países, para vários países africanos no sentido de cooperação Sul-Sul, são alguns destaques nesse sentido”, afirmou em entrevista à TV NBR,.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Blog do Planalto