Relatório do Bank of America vislumbra recuperação com aprovação de medidas
Cenário otimista elaborado por estrategistas indica crescimento de até 40% no índice da bolsa de valores no caso de convergência dos interesses políticos
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Um país de consumo em alta, com atividades industriais, comerciais e de serviços em aceleração, reabrindo vagas perdidas de emprego e restabelecendo a normalidade da rotina doméstica, novamente atendida pela renda do trabalho reconquistado.
E mais: lucros nos negócios privados, com a bolsa em alta inacreditável de 40%, não só pela procura de ações de bancos privados e estatais, como de grandes redes de vendas (shopping), de alimentação e de bancos nacionais, relacionadas entre as mais requisitadas pelos investidores.
Isso não é um país distante, nem imaginário. Isso é o Brasil 2016, conforme relatório do Banco of America Merry Linch (BofA ML) divulgado esta manhã pela Reuters internacional, no portal financeiro Infomoney. O relatório foi enviado a clientes do BofA ML nessa quarta-feira (9), informa a agência de notícias.
A reportagem explica que a respeitada instituição financeira dos Estados Unidos apresenta no relatório, elaborado pelos estrategistas da organização, dois cenários possíveis para a economia brasileira no segundo ano do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff.
Um desses cenários é o descrito acima. O outro implica na manutenção do cenário-base atual, de expectativa dos agentes do mercado em torno da adoção de medidas para superar as incertezas do consumidor, dos negócios e investimentos.
Nele, a previsão é de que o índice Bovespa cresça até 17% em relação aos padrões atuais e chegue a 54 mil pontos no encerramento de 2016, nove mil pontos (ou 15%) a menos que a pontuação prevista no cenário otimista.
E se os economistas de plantão se perguntarem: Como chegar lá, no melhor cenário?
O relatório dá uma dica da resposta: nesse cenário os conflitos políticos do ano anterior (2015) foram superados; há harmonia institucional; e, por isso, esforço do Legislativo (Congresso Nacional) para aprovar medidas fiscais necessárias ao destravamento das atividades produtivas.
Em suma: o cenário traduz uma situação em que tudo está se reencaminhando aos trilhos.
“No prognóstico mais otimista, com melhora no cenário político que facilitaria a aprovação de medidas fiscais, o Ibovespa (o índice da Bolsa de Valores de São Paulo) subiria até o fim do ano a 63 mil, uma alta de quase 40 por cento ante os níveis atuais”, relata a Reuters.
O comportamento do índice Bovespa este ano dá uma ideia do que representa o crescimento proposto pelas previsões (63 mil pontos) dos estrategistas do BovA ML: é 20 mil pontos (pouco menos da metade) do mínimo registrado em 2015.
No primeiro pregão do ano (2 de janeiro), o índice Bovespa foi de 48.512,22 pontos; no último (dessa quarta-feira), registrou 46.109 pontos; mas já registrou o mínimo (28 de setembro) e 43.956,62 e o máximo de 58.051,61 (em 5 de maio).
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias