Ricardo Pinheiro: 6°Congresso do PT- o saldo que ficou
Devemos reforçar as mobilizações populares pelo Fora Temer e por eleições Diretas Já e estarmos cada vez mais envolvidos com a Frente Brasil Popular
Publicado em
Ao longo dos últimos meses, o Partido dos Trabalhadores realizou as etapas de seus Congresso Estaduais e, no último fim de semana, o Nacional, na capital Federal. O que podemos dizer é que tanto no Rio de Janeiro como em Brasilia, as atividades foram ricas em seus debates e, principalmente, na discussão política
Os grupos de trabalho funcionaram a todo vapor e a Construção da estratégia partidária estiveram no posto de comando.
Não posso afirmar se, no congresso, as eleições das direções tiveram o melhor formato, mas certamente esse é um debate que devemos fazer no conjunto das questões da organização partidária. O que temos como consenso é que o debate de concepção, estratégia e tática foram feitos e que as formulações foram construídas em conjunto pela grande maioria participante do congresso.
Não podemos descansar temos que aproveitar o segundo semestre e organizar nossa base os Diretórios Municipais e os Setoriais, construindo a partir do processo de renovação uma partido muito mais próximo das lutas populares e com efetiva relação com os movimentos sociais e sindicais.
A partir de agora, finito o Congresso, temos a obrigação de organizar um partido forte e, prepararmos as bases para elegermos LULA presidente, obviamente, sem esquecer das lutas contra o retrocesso da retirada de direitos, golpe que vem sendo aplicado diariamente ao povo brasileiro pelo governo golpista.
Devemos, ainda, reforçar diariamente as mobilizações populares pelo Fora Temer e por eleições Diretas Já e, estarmos cada vez mais envolvidos na solidificação da Frente Brasil Popular, tendo assim um papel de protagonismo na construção das lutas sociais no país.
Outro ponto de luta muito importante é a organização do nosso partido nas redes sociais, através de um processo de comunicação colaborativo, que incentive e amplie o debate politico e que se torne também um espaço de formação política, além, é claro, de nos organizarmos pra que consigamos voltar a mobilizar a nossa base social. Outro grande desafio que devemos abraçar é o de sairmos da dita “bolha política” para ganharmos a empatia e confiança de outras parcelas da sociedade.
Diante de tantas questões levantadas e debatidas no Congresso, concluo afirmando que o saldo politico, na prática, depende de cada um de nós, que devemos dar continuidade aos debates necessários, na base, onde as discussões e debates devem ser feitos para que possamos formular um programa politico que dialogue com parceiros e aliados históricos. Desejo ainda, que esse processo nos organize e crie um pensamento que nos unifique e que nos possibilite fazer uma comunicação pra fora, que alcance muito além dos muros do partido.
Enfim, não poderia deixar de dialogar com a Juventude que organizou, tanto no RJ como nacionalmente, um processo de diálogo que nos deixa uma reflexão: devemos fortalecer um processo de autonomia e rebeldia para que possamos fortalecer as nossas lutas e reivindicações, entretanto, para isso é necessário um planejamento de apoios financeiros, com um processo de autonomia política que é fundamental para que a JPT dialogue com a Juventude brasileira as suas formas de manifestações.
Vamos à Luta, vamos em frente.
Nas Ruas e nas redes para construir esse projeto coletivamente e de forma colaborativa.
Por Ricardo Pinheiro, Secretário de Comunicação PT-RJ, para a Tribuna de Debates do 6º Congresso. Saiba como participar.
ATENÇÃO: ideias e opiniões emitidas nos artigos da Tribuna de Debates do PT são de exclusiva responsabilidade dos autores, não representando oficialmente a visão do Partido dos Trabalhadores