Richa acusa o PT para não assumir atos irresponsáveis

Para o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), tucano quebrou o estado por má gestão

Durante entrevista à “TV Folha”, na quarta-feira (03), o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), escolheu atacar o Partido dos Trabalhadores ao invés de assumir falhas em sua gestão. “Existe uma trama planejada meticulosamente para desviar o foco dos escândalos nacionais”, disse.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), criticou a postura do tucano que atacou o PT durante a entrevista.

“O Richa está envolvido em graves escândalos de corrupção e que não vieram a público por denúncias do PT. Esse cenário de caos que o Paraná está vivendo foi instituído por ele, que reúne corrupção,má gestão e violência. Só há dois caminhos para o Richa: ou ele renúncia ou ele é cassado”, declara.

“Ele mentiu durante toda a campanha para a reeleição. Tentou vender o Paraná como um cenário de referência econômica no Brasil. Após a eleição, veio a público dizer que o estado estava quebrado. O estado quebrou por má gestão dele”, afirma Paulo Pimenta.

Além disso, durante a entrevista, o tucano alegou que a greve dos professores no estado, que domingo completa 40 dias, é resultado uma briga “política”. Richa tentou ignorar o fato de o governo agir de forma autoritária com a categoria.

De acordo com o Sindicato (APP-Sindicato), os diretores sofrem ataques por parte do governo. Segundo afirmou o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, os docentes são constantemente ameaçados.

“No período de ditadura militar, os diretores eram obrigados a reforçar o discurso do governo nas escolas e não podiam se manifestar, senão eram repreendidos e até exonerados dos cargos. Agora as ligações do governo para as casas dos educadores, além da pressão para o envio de falta dos professores e funcionários, é uma prática autoritária do nosso atual governo. Mais uma vez a categoria é forçada a acatar o que o governo quer”, disse ao site APP-Sindicato.

Ao longo da entrevista, Richa tentou minimizar a ação truculenta dos policiais militares contra os professores grevistas, durante confronto na Praça Nossa Senhora de Salete, no dia 29 de abril e que deixou mais de 200 feridos.

Richa também tentou abafar a crise da gestão PSDB no Paraná. Evitou comentar sobre o pedido de impeachment do seu governo, que já foi encaminhado para a Assembléia Legislativa, e também não quis se aprofundar nos questionamentos sobre as denúncias e investigações de corrupção na Receita Estadual em Londrina, no norte do estado.

De acordo com investigações do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Richa é citado no esquema de corrupção. Segundo o depoimento do delator, Luiz Antônio de Souza, que é auditor fiscal, R$2 milhões foram arrecadados para a campanha de reeleição do tucano.

Por Danielle Cambraia e Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias

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