Richa entrega ônibus, mas não cita participação do governo federal
Tucano leva o crédito por compra de 20 ônibus financiados pelo governo federal
Publicado em
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), entregou 20 ônibus escolares novos para o transporte de 5.570 estudantes de 20 cidades do estado. No entanto, o tucano não contou em sua página no Facebook, onde anunciou a ação, que os R$ 5,1 milhões investidos na compra são do Ministério da Educação (MEC).
A aquisição ocorreu por meio de convênio entre o Programa Brasil Profissionalizado e a Secretaria de Educação do Paraná, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE). Cada veículo tem capacidade de levar 31 pessoas e custou R$ 255 mil.O tucano recebeu uma série de comentários criticando a omissão.
O filho do governador, Marcello Richa, seguiu o exemplo do pai. “Gov. @BetoRicha entrega agora ônibus escolares p/ 20 municípios paranaenses. Apesar da crise nacional o #Paraná segue em frente!”, postou em seu perfil no Facebook, na terça-feira (23).
Três horas depois, no entanto, o presidente de Juventude do PSDB estadual compartilhou outra publicação, em que credita ao governo federal a compra dos ônibus
A informação correta consta na matéria sobre o assunto publicada na Agência de Notícias do governo estadual, mas só saberá quem abrir o link para o texto.
De acordo com a matéria publicada pelo governo, Richa declarou que os novos veículos vão oferecer segurança e conforto aos alunos. “Essa entrega faz parte das ações do nosso governo pela valorização da educação”, disse.
Em seu discurso, o governador citou o aumento salarial dos professores e demais servidores da educação como uma prova de que sua gestão prioriza o setor. Entretanto, o tucano esqueceu-se, novamente, de citar que o reajuste salarial é fruto de uma greve de servidores da educação que durou mais de 40 dias e foi marcada por episódios violentos.
Richa também omitiu que, em resposta à revista Carta Capital, declarou que, “se o governo errou, foi em dar generosos aumentos aos professores” em sua gestão anterior.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias