Riqueza privada no Brasil é 12ª do mundo e ultrapassa R$ 10 trilhões
Pesquisa internacional mostra que país conseguiu deslanchar no aumento da riqueza individual; para deputado Vander Loubert (PT-MS), boa parte disso deve-se ao agronegócio
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O Brasil aparece como 12º país entre os que conseguiram acumular maior riqueza particular no planeta, em ranking desenvolvido por instituição especializada em saúde e bem-estar, a New World Health (NWH).
A consultoria NWH é baseada na África do Sul, país com quem o Brasil forma o bloco dos Brics, união internacional dos cinco maiores países em desenvolvimento, aí incluídos também a Rússia, Índia, China.
O resultado da pesquisa, denominada “W20”, ranqueou as 20 principais nacionalidades detentoras de “maior riqueza individual total” e foi divulgada nesta quarta-feira (4) pela BBC inglesa. Esse indicador nada mais é que uma estimativa da soma da riqueza de seus habitantes.
As estimativas do estudo indicam que o brasileiro é dono privado de uma riqueza estimada em US$ 2,687 trilhões, o equivalente a mais de R$10,1 trilhões (considerada a cotação do dólar hoje).
O ranking é liderado pelos Estados, com riqueza individual estimada em US$ 48,734 trilhões, seguidos de China (US$ 17,254 trilhões), Japão (US$ 15,230 trilhões), Alemanha (US$ 9,358 trilhões) e Reino Unido (US$ 9,24 trilhões).
Dos Brics aparecem também a Índia, em décima posição, com riqueza individual em US$ 3,492 trilhões. A Rússia ficou em 18º, com US$ 1,473 trilhão. O Brasil também está a frente do México, que ocupa a 15ª posição (US$ 1,865 trilhão).
O estudo também revela que a riqueza per capita do Brasil teve aumento de 207% nos últimos 15 anos. Em 2000, era de US$ 4,4 mil; em 2015, estava em US$ 13,5 mil.
Agronegócio – Para o deputado petista Vander Loubert (PT-MS), o crescimento da riqueza privada no Brasil está diretamente vinculado à especialidade do seu estado: o agronegócio. Ele destaca medidas como crédito farto, ampliação dos mercados interno e externo e acesso a tecnologias pelo setor rural como fundamentais para a conquista apontada na pesquisa.
“Foi a soma dos esforços de produtores e governo que nos colocou no patamar que hoje nos encontramos”, garante Loubet, também destacando a importância da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) para o aumento da produtividade e melhorias nos produtos agrícolas brasileiros.
Ele também chama a atenção do papel crucial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no avanço de setor tão pujante e que se tornou referência internacional.
“No governo do ex-presidente Lula aprovamos a renegociação das dívidas dos produtores rurais brasileiros, bem, como aplicamos aumentos decisivos no crédito agrícola”. Para Loubert, isso fez do agronegócio um dos setores mais dinâmicos de nossa economia.
“E tem um papel decisivo, especialmente nesse momento de crise”, disse. E ele acha dá que é possível manter o crescimento da riqueza e do bem-estar no Brasil.
“Em termos governamentais, faz-se fundamental nesse momento, mesmo com a dores provocadas à sociedade, a aprovação do ajuste fiscal, com o sacrifício proporcional a renda de todos os setores de nossa sociedade”, defendeu.
Para Loubert, a sociedade exige dos partidos, Congresso e governo, mais do que nunca a responsabilidade das mudanças que, são, sim, doloridas, mas absolutamente necessárias à retomada do crescimento da economia.
“Ao contrário do que muitos pensam, macroeconomia equilibrada, juntamente com o processo crescente de inclusão social, é a efetiva garantia de voltarmos a crescer de forma a aumentar a riqueza e o bem-estar social”, acredita o deputado.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias