Rossetto sai em defesa do RS e contra as privatizações
Lançado como pré-candidato ao governo do estado pelo PT, ex-ministro fala sobre o abandono da saúde, educação e segurança pública pelo atual governo
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O Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul deu início a uma série de viagens pelo interior do estado para discutir os desmontes promovidos pelo governo golpista, a retirada de direitos e a situação financeira estadual, que acumula dívidas de R$ 73 bilhões.
O objetivo das chamadas “caravanas populares” é formatar uma plataforma que sirva como programa de governo para as eleições de 2018, segundo explicou Miguel Rossetto, ex-ministro do Desenvolvimento Agrário dos governos Lula e Dilma.
Rossetto foi lançado no último sábado (9) como pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul e o senador Paulo Paim como pré-candidato à reeleição.
O Rio Grande do Sul passa por uma situação de desmonte na educação, saúde e, principalmente, na segurança pública.
De acordo com ele, há 25 meses os salários dos servidores estão sofrendo atrasos, o efetivo da polícia militar foi reduzido em quase cinco mil agentes desde 2012, colocando a capital Porto Alegre como a segunda mais violenta do país com 808 mortes em 2016.
Uma das prioridades da pauta da oposição ao governo tucano do RS são as privatizações. Em outubro, o governo de José Ivo Sartori (PSDB) anunciou a venda de 49% das ações do Banrisul para aderir ao programa de recuperação fiscal proposto pelo governo federal golpista.
Dentro do plano deve constar a privatização de estatais como a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), a Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e a Sulgás.
“Estamos lutando no combate às privatizações. O Sartori quer aderir ao programa de reestruturação fiscal do Temer e estamos promovendo uma oposição muito grande através de nossas bancadas. A privatização e o pacote condenam o futuro do Rio Grande do Sul por 30 anos”, afirmou Rossetto.
Eleições 2018
Rossetto e Paim foram lançados como pré-candidatos em um ato realizado em Porto Alegre, que contou com as presenças de lideranças de peso como Tarso e Olívio Dutra.
“As duas pré-candidaturas foram decididas por consenso do PT do Rio Grande do Sul, incluindo os apoios dos ex-governadores Tarso Genro e Olívio Dutra. A ideia é unificarmos as campanhas estadual e nacional para enfrentar os blocos de situação e os projetos neoliberais que dominam o Brasil atualmente”, explicou o ex-ministro que também foi vice-governador entre 1999 e 2003.
Para ele, a retirada de direitos e a situação econômica dos brasileiros que piorou em ritmo acelerado desde o golpe levou a população a enxergar os reais interesses da elite e do governo usurpador. Ele cita a última pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (11), que mostrou que o PT é o partido mais querido dos brasileiros com 21% de aprovação.
“O desastre do golpe aparece no preço do botijão de gás, aparece na perda de direitos trabalhistas e isso faz crescer a lembrança dos governos de Lula. Por isso, é tarefa de todos nós defendermos a candidatura dele e a democracia. O PT tem uma presença muito forte no estado com sete deputados federais, onze estaduais e um senador”, disse o ex-ministro.
Da Redação da Agência PT de Notícias