Rui Falcão: Chegou a hora de a militância opinar sobre Lula presidente
Em artigo semanal na Agência PT de Notícias, presidente do partido defende que militância opine para, quem sabe, durante o 6º Congresso, torná-lo nosso candidato
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Na semana passada, estive com o presidente Lula em dois eventos de grande relevância política. Em Salvador, participamos, a convite da direção do MST, do 29º Encontro Estadual do movimento, com a presença de líderes locais, parlamentares e do ex-governador Jacques Wagner, que sempre esteve nos encontros do MST da Bahia.
Com muito entusiasmo, centenas de delegados e delegadas, em coro com o coordenador nacional do MST, João Pedro Stedile, ecoavam palavras de ordem “Brasil Urgente, Lula Presidente”, numa espécie de antecipação das eleições, que o movimento e todos nós lutamos para antecipar.
Dirigindo-se aos jornalistas que noticiaram o lançamento de Lula no 29º Encontro, Stedile afirmou que não havia necessidade disso, visto que Lula “é o candidato permanente do povo brasileiro”.
No dia seguinte, em Brasília, durante congresso da CNTE, mais de dois mil delegados e delegadas, de todos os Estados (inclusive delegações internacionais de todos os continentes) gritavam “volta Lula”, reeditando o clima de animação, expectativa e esperança com o retorno de Lula ao comando do País.
Tanto quanto em outras ocasiões que tenho presenciado, Lula ainda não admite ser candidato, mas reitera, com muita convicção, que está preparado e sabe exatamente o que é preciso fazer para tirar o Brasil da crise, criar empregos, distribuir renda, reacender o ânimo e a confiança da população.
Até o momento, tenho reafirmado à mídia que o Lula ainda não foi lançado oficialmente pelo PT, mas que não cogitamos de “plano B”. Também sentimos que sua candidatura é uma aspiração nacional. Porém, acho que chegou a hora de a militância começar a opinar publicamente. Quem sabe, assim, possamos, durante o 6º Congresso, torná-lo nosso candidato. E, a partir daí, construir uma forte aliança com movimentos sociais e partidos populares, em torno de um programa de reformas e transformações estruturais.
Rui Falcão é presidente nacional do PT