Sem diálogo com o governo de SP, professores mantêm greve

Há 70 dias em paralisação, cerca de 20 mil profissionais fizeram assembleia na Av. Paulista

Foto: Apeoesp

Durante assembleia nesta sexta-feira (22), professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram manter greve que já dura 70 dias. Cerca de 20 mil educadores, segundo o sindicato dos professores, fizeram uma manifestação na Avenida Paulista e, depois, seguiram para a Secretaria de Educação.

O governo, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB), ameaça cortar o ponto dos servidores e, para isso, obteve a autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) entrou com uma liminar para tentar suspender o corte, mas ela foi negada pelo STJ no início da noite de sexta-feira (22).

Esta foi a 10ª assembleia organizada pela classe, que está em greve desde o dia 13 de março. Os professores reivindicam salários com aumento real de 75,33%, valorização da profissão e plano de carreira, cumprimento integral do Plano Nacional de Educação (PNE) e conversão do bônus em reajuste salarial.

Os profissionais também pedem por melhores condições de trabalho e abertura de mais salas de aula, já que 3 mil foram fechadas provocando superlotação nas restantes.

Os professores marcaram nova assembleia para a próxima sexta-feira (29), no vão livre do Masp, onde deverão se unir às greves de outras categorias que lutam contra o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização e está em discussão no Congresso Nacional.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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