Senado instala CPI do HSBC para investigar evasão fiscal
Comissão do Senado investigará denúncias de evasão fiscal. Randolfe Rodrigues (PSOL) será vice-presidente e Ricardo Ferraço (PMDB), relator
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O senador Paulo Rocha (PT-PA) foi eleito, nesta terça-feira (24), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC, no Senado. O grupo investigará as denúncias de evasão fiscal envolvendo o banco suíço, em Genebra.
O caso veio à tona após jornalistas localizarem contas secretas mantidas por sonegadores com movimentação superior a US$100 bilhões. Mais de 6 mil contas atendem a 8,6 mil clientes brasileiros, com movimentação superior a US$7 bilhões.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AL) foi escolhido para a vaga de vice-presidente da comissão e o relator será Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
O secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, informou, em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo” divulgada nesta terça-feira, que o governo federal investigará brasileiros que tiveram contas no HSBC em Genebra, na Suíça, entre 2006 e 2007.
Segundo o secretário, serão abertos processos referentes as movimentações financeiras não declaradas no Imposto de Renda e/ou não compatíveis com a renda da pessoa.
Entenda o caso – No início de fevereiro, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), divulgou o projeto SwissLeaks, por meio do qual foram expostos quase 60 mil arquivos com detalhes sobre mais de 100 mil correntistas do HSBC e suas movimentações bancárias, entre 1988 e 2007.
As contas bancárias reveladas somam mais de US$ 100 bilhões depositados em filiais do banco por correntistas ao redor do mundo.
À época, os dados sobre as correntes foram vazados pelo ex-funcionário do banco Herve Falciani. As informações foram entregues por ele a autoridades francesas, em 2008. Com o projeto SwissLeaks, mais de 140 jornalistas em 45 países investigam os nomes envolvidos no caso.
Até o momento, foram descobertas contas secretas, no HSBC da Suíça, de 6,6 mil brasileiros. Estima-se que os depósitos de correntistas brasileiros no paraíso fiscal possa chegar a US$ 7 bilhões.Desde fevereiro, a investigação feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos apontou que vários políticas, artistas, atletas, empresários e celebridades estão envolvidas em um caso de fraude fiscal com suas contas na filial suíça do HSBC.
Da Redação da Agência PT de Notícias