Sonegação soma R$ 330 bi no ano e dívida ativa ultrapassa R$ 1,1 tri
“Sonegômetro” mostra em tempo real aos transeuntes da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a evolução da dívida dos sonegadores brasileiros
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O Sindicato Nacional de Procuradores da Fazenda (Sinprofaz) instalou na Esplanada dos Ministérios, na quarta-feira (19), um painel que indica o crescimento online e em tempo real da sonegação de impostos no país, que soma cerca de R$ 330 bilhões apenas neste ano.
O equipamento está instalado ao lado do Museu Nacional da República no sentido de quem entra na esplanada em direção à catedral de Brasília e ao Congresso Nacional.
O sindicato criou o “sonegômetro”, nome dado ao painel, para chamar a atenção do público para as dificuldades que a sonegação traz para os cofres da União e as políticas públicas nacionais, que passam por retração devido à desaceleração econômica e a queda da arrecadação.
De acordo com o sindicato, em declarações do seu presidente, Achilles Frias ao jornal “Estado de São Paulo”, o total da dívida ativa de contribuintes com a União, apenas no que diz respeito à falta de recolhimento de impostos, supera os R$ 1,1 trilhão, de um total de R$ 1,5 bilhões se consideradas os débitos não tributários.
A maior parte dessa dívida, cerca de R$ 723,3 bilhões, são de grandes empresas que, juntas, representam menos de 1% das pessoas jurídicas formalmente inscritas na Receita Federal. Entretanto, o segmento industrial é o maior devedor, com uma dívida ativa de R$ 315,7 bilhões, seguido pelo comércio, com R$ 278,8 bilhões.
Consideradas as 27 unidades da federação, São Paulo é o estado que lidera o ranking da dívida ativa, com R$ 484,7 bilhões. O Rio de Janeiro vem em seguida, com R$ 197,7 bilhões, seguido de Minas Gerais, com R$65,4 bilhões.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias