“Sou fruto da política de cotas raciais”, diz Renato Freitas

Conheça um pouco da história de Renato Freitas, militante do movimento negro e por moradia em Curitiba, que se formou advogado graças às cotas

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Renato Freitas, militante do movimento negro e por moradia de Curitiba

As políticas sociais e educacionais dos governos do PT beneficiaram uma geração de jovens que agora lutam para que todos voltem a ter as oportunidades que eles tiveram. É o caso de Renato Freitas, militante do movimento negro e por moradia na Região Metropolitana de Curitiba. Nesta terça-feira (7) ele esteve na Vigília Lula Livre e participou do programa Democracia em Rede, onde falou sobre os problemas sociais causados pelos desmontes do governo ilegítimo de Temer.

Segundo Renato, nos governos do PT a população pobre tinha possibilidades de evoluir pessoal e socialmente. “Eu mesmo sou fruto da política de cotas na universidade, que fez com que eu pudesse entrar no curso de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2008. Me formei bem e entrei no mestrado. Hoje sou advogado”, conta.

A evolução experimentada a partir do acesso à universidade motiva Freitas a ampliar a luta. “Me lembro bem que no governo Fernando Henrique eu era empacotador no Mercado Gasparim, no Boa Vista (bairro de Curitiba). Antes vendia minha força de trabalho braçal e não me realizava naquilo. Hoje vendo minha força de trabalho intelectual com a maior satisfação”, afirma.

Freitas teme que o governo golpista sepulte as esperanças da nova geração de brasileiros. “Se continuar assim, o pessoal não vai ter chance. Primeiro que a reforma trabalhista faz com que a pessoa pene mais para atingir uma autonomia financeira mínima, pois foi feita para a gente ganhar menos e o patrão ganhar mais. Segundo, que o ataque à educação é muito grande”, analisa.

Esse ataque à educação fica claro, por exemplo, no fim das bolsas de pesquisas de pós graduação, anunciado semana passada pelo governo golpista. “Estão matando a pesquisa em nome de interesses e privilégios quase feudais, para atender uma nobreza com recursos de um Estado que não se envergonha da imoralidade de pagar R$ 30 mil a um juiz que depois recebe mais R$ 10 mil em auxílios e penduricalhos”, finalizou.

Por Luis Lomba, de Curitiba para a Agência PT de Notícias

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