STJ reconhece validade de provas contra Robson Marinho
Conselheiro do Tribunal de Contas de SP é investigado por suposto recebimento de US$ 2,7 mi em propinas da Alstom, entre 1998 e 2005
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As provas encaminhadas pela Suíça contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) e um dos fundadores do PSDB, Robson Marinho, foram aceitas e validadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Marinho é investigado por suposto recebimento de US$ 2,7 milhões em propinas da multinacional francesa Alstom, entre 1998 e 2005, pela venda de subestações elétricas, em 1998. Em valores atuais, o valor do contrato foi de R$ 68 milhões.
Ele é acusado pela Promotoria Pública de enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro no exterior e participação de um “esquema de ladroagem de dinheiro público”, segundo a acusação. De acordo com a Promotoria, Marinho recebeu propina para favorecer a Alston no âmbito do aditivo X do Projeto Gisel, empreendimento da Eletropaulo, antiga estatal paulista.
As subestações foram compradas pelas empresas Eletropaulo e Empresa Paulista de Transmissão Elétrica. Marinho foi chefe da Casa Civil do ex-governador Mário Covas, de 1995 a 1997, de onde saiu indicado para ser conselheiro do TCE. Em agosto de 2014, a juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo decretou o afastamento de Marinho de suas funções.
Em fevereiro deste ano, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 282 milhões da Alstom e de Marinho. De propriedade do conselheiro, foram bloqueados duas casas no valor de R$ 14 milhões, uma ilha no litoral norte de São Paulo e US$ 1,1 milhão de uma conta em um banco suíço.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias