Tentativa de acabar com o programa é preconceituosa, dizem petistas
Líderes do PSDB apresentaram projeto para inviabilizar a atuação dos 11. 487 médicos cubanos que participam do programa Mais Médicos
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Parlamentares do PT na Câmara dos Deputados criticaram a tentativa do PSDB de acabar com o programa Mais Médicos, do governo federal. Na semana passada, os senadores tucanos Cássio Cunha Lima (PB) e Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder e vice-líder do partido no Senado, apresentaram um projeto de decreto legislativo para anular o convênio entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), fez coro ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, que afirmou, na sexta-feira (27), que a tentativa de anular o convênio representa um “atentado contra a população” brasileira. Na prática, a ação impede a atuação dos 11. 487 médicos cubanos que participam do programa.
Sibá Machado classificou a proposta do PSDB de “elitista e preconceituosa”, contra as camadas mais pobres da população brasileira. “É direito da população ter acesso à saúde, seja por meio do atendimento feito por médicos cubanos ou de qualquer outra nacionalidade que queiram trabalhar no Brasil, principalmente nas localidades mais distantes e carentes”, destacou.
O deputado Adelmo Leão (PT-MG) disse que a atitude dos líderes tucanos “é um absurdo, e um contrassenso”. “Além de uma ofensa à população mais pobre atendida pelo programa, é uma atitude de desrespeito a um contrato internacional com uma entidade respeitada em todo mundo. Se isso viesse a ocorrer, o Brasil perderia credibilidade, e milhões de pessoas ficariam desassistidas”, alertou.
Também indignado com a proposta tucana, o deputado Chico D’Ângelo (PT-RJ) disse que a iniciativa demonstra a falta de conhecimento sobre os benefícios gerados pelo Mais Médicos. “Antes de apresentar a proposta esses senadores deveriam ter visitado as localidades onde existe o programa. Assim teriam tido a oportunidade de observar a relação de proximidade entre os profissionais da saúde e a população, e verificar a melhora de todos os índices relacionados à atenção básica de saúde”, observou.
Já o deputado Jorge Solla (PT-BA) destacou que a falta de compromisso dos tucanos com a saúde dos brasileiros está por trás da motivação do projeto tucano. “Ao querer acabar com um programa que atende mais de 60 milhões de brasileiros apenas para criar um enfrentamento político, o PSDB mostra que não tem compromisso com as políticas públicas de saúde no País”, acusou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do PT na Câmara