Terrorismo eleitoral contra PT precede votação do segundo turno
Suposta morte por envenenamento do doleiro Alberto Youssef e alerta sobre tentativa de fraude em pesquisa eleitoral ganham as redes sociais
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Nas últimas doze horas, dois episódios de terrorismo eleitoral foram registrados no Brasil com a nítida intenção de tumultuar o processo eleitoral, que se encerra neste domingo (26) com o segundo turno de votação. Felizmente, sem sucesso.
Em um deles, informações sobre a morte, por envenenamento, do doleiro Alberto Youssef, veiculadas na noite de sábado (25) em redes sociais, foram prontamente desmentidas pela Polícia Federal do Paraná, onde ele está preso desde março.
A PF esclareceu, tarde da noite, que Youssef foi internado naquela mesma tarde por causa de uma forte crise de hipotensão arterial (queda da pressão), causada por efeito colateral da medicação que toma para tratamento de doença cardíaca crônica.
“É a terceira vez que ocorre atendimento médico de urgência após a sua prisão. São infundadas as informações de possível envenenamento”, relatou a PF, em informativos veiculados via internet.
Segundo a PF, ele passou bem à noite e deve permanecer sob observação médica por 48 horas, para adequação da medicação. “Não havendo nenhuma outra intercorrência, (Costa) retornará à carceragem da PF na superintendência da PF, após seu pleno restabelecimento”, informou a comunicação social do órgão.
Pesquisa – O outro episódio envolve o instituto de pesquisa Veritá. Um dos sócios da empresa, Ide Assis, em alerta veiculado nas redes sociais, acusou a “Cosa Nostra” (máfia) de uma suposta tentativa de intimidação ao instituto para promover uma fraude no resultado da pesquisa eleitoral de intenção de votos elaborada na véspera (sábado, 25) das eleições, pelo instituto.
Segundo Assis, o resultado aponta a vitória da petista Dilma Rousseff por 53% a 47% dos votos válidos sobre Aécio Neves – resultado fechado às 17h30 do sábado. Mas, na mensagem, disse temer pela adulteração desses números, para beneficiar o adversário tucano.
“Meu sócio está sofrendo pressão da ‘Cosa Nostra’ para divulgar (dado) diferente. Não sei se resistirá”, afirmou. Assis suscitou a população a desconfiar do resultado, caso seja diferente daquilo realmente apurado pelo Veritá.
Lavagem de dinheiro – O doleiro vive a fase de conclusão do processo de delação premiada com a justiça federal, obtida por Costa. Youssef deporá na quarta-feira (29) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Uma eventual piora na saúde poderá adiar o depoimento ao Congresso Nacional.
Youssef responde por crimes de lavagem de dinheiro – já foi condenado por corrupção ativa a quatro anos e quatro meses em dois processos relativos ao Banestado, pelo mesmo crime – e é investigado por um esquema milionário de corrupção envolvendo dinheiro público.
Um acordo com a Justiça e o Ministério Público o levou à delação premiada, espécie de acordo processual que permite a redução da pena do réu se as informações contribuírem com as investigações. Ele revelou, em depoimento, uma lista de 28 congressistas que teriam recebido propinas de empreiteiras que trabalham para a Petrobras. Segundo o doleiro, os valores variavam de R$ 100 mil a R$ 150 mil mensais.
Sem gravidade – Boletim médico divulgado a pouco, em Curitiba, pelo hospital onde está internado, informa que Youssef “apresenta exames laboratoriais e outros complementares dentro da normalidade. Eis a íntegra:
O senhor Alberto Youssef deu entrada na UTI do Hospital Santa Cruz no dia 25/19/2014, às 16h20, devido a episódio de síncope a esclarecer. Chegou com quadro clínico estável, apresentando sinais de desidratação e de emagrecimento importantes. Na avaliação inicial não apresentava sinais de intoxicação exógena e/ou medicamentosa e quadro cardiológico estável. Até o momento apresenta exames laboratoriais e outros exames complementares, dentro da normalidade. Conforme última avaliação médica, o paciente apresenta-se consciente, lúcido e orientado, com sinais vitais dentro da normalidade. Necessita de observação e monitorização contínuas.
Por Márcio Morais, da Agência PT de Notícias