Trabalhadores e patrões firmam compromisso para o desenvolvimento nacional
Diretrizes reunidas em documento bilateral propõem estímulo à geração de emprego, oferta de crédito e investimentos para retomar produção
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Patrões e empregados se uniram para entregar à presidenta Dilma Rousseff, na próxima quarta-feira (9), um documento com diretrizes para assegurar a retomada da produção industrial brasileira, informou a Central Única dos Trabalhadores (CUT), por meio do nota.
Batizado “Compromisso pelo desenvolvimento”, o documento contém propostas para ampliar a oferta de capital de giro para investimento empresarial, especialmente na construção civil e petróleo, mais crédito ao consumidor e geração de emprego.
As maiores centrais sindicais brasileiras e proeminentes instituições representativas do empresariado comungam a autoria do documento bilateral, cujo objetivo é dar uma injeção de ânimo à economia e restabelecer o crescimento nacional. CUT, CSB, CTB, Força Sindical, NCST e UGT representam os trabalhadores.
Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit) ), Sindicado Nacional da Indústria de Construção Pesada – Infraestrutura (Sindicom), Associação nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), devem assinar o documento pelo empresariado.
A sociedade civil é representada por instituições como Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Ordem dos Advogados do Brasil. O conteúdo do documento será divulgado nesta terça-feira (3), no Espaço Hakka, no bairro da Liberdade, em São Paulo (SP).
A proposta também inclui ações de estímulo ao setor da construção civil; a manutenção de investimentos na cadeia produtiva do petróleo e agilidade no restabelecimento das atividades da Petrobras e das 29 empreiteiras a ela associadas.
A CUT e demais centrais defendem a continuidade das atividades petrolíferas, pela dimensão do impacto econômico do setor sobre toda cadeia produtiva do país.
“Quem comete desvios éticos são pessoas e não empresas. O mundo não pune empresas, pune pessoas”, justifica o secretário Geral da CUT, Sérgio Nobre.
“A única possibilidade de o Brasil crescer em 2016 é aquecer o mercado interno e retomar obras de infraestrutura importantes que estão paralisadas em função da Operação Lava Jato”, afirma a nota da CUT.
Sindicalistas e empresários propõem a participação, no movimento pela retomada, do Ministério Público Federal (MPF), do Supremo Tribunal Federal (STF), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), da Advocacia Geral da União (AGU), do Tribunal de Contas da União (TCU), do governo federal e do Congresso Nacional.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias