Pedro Maciel: Uma mentira dita mil vezes…
“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade“, essa frase é de Joseph Goebbels, que foi ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista, exercendo severo controle sobre as instituições…
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“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade“, essa frase é de Joseph Goebbels, que foi ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista, exercendo severo controle sobre as instituições educacionais e os meios de comunicação. Esse é o movimento tático que vem sendo usado pela oposição e seus nazi-apoiadores com o objetivo de criar uma sensação de tensão e caos no país.
Para esses senhores a verdade importa muito pouco, a realidade deixa de existir, passam a viver uma representação da realidade, difundida, na sociedade pós-moderna, por parte mídia, logo ela que deveria ser instrumento garantidor da verdade. Baudrillard defende a teoria de que vivemos em uma era cujos símbolos têm mais peso e mais força do que a própria realidade. Desse fenômeno surgem os “simulacros”, simulações malfeitas do real que, contraditoriamente, são mais atraentes ao espectador do que o próprio objeto reproduzido.
Isso mesmo, por interesse econômico ou meramente eleitoral, pois esses senhores não tem compromisso com a ética, factoides são criados e difundidos assustadoramente, transformando-se em verdade, pois são repetidos “milhões de vezes”, especialmente nas redes sociais.
Uma das mentiras que vem “colando” é que a inflação está fora de controle, que o governo desorganizou o Estado e que o caos é percebido pelos casos de corrupção. “Nunca houve tanta corrupção!”, dizem os nazi-oposicionistas. Mas será tudo isso verdade?
Não, não é verdade que a inflação esteja fora de com trole, o gráfico abaixo, informação do IBGE, mostra que a inflação está sob controle e transita dentro da meta estabelecida pelo Banco Central e pelo Governo, vejamos (veja o gráfico):
E incluirmos a inflação de 2011 (6,50%), 2012 (5,84%) e 2013 (5,61) podemos afirmar que a volta da inflação é uma das mentiras contadas mil vezes, pois os índices ficaram sempre dentro da meta estabelecida pelo Banco Central e pelo Governo.
Numa visão marxista a Politica é superestrutura, assim como as relações jurídicas e as demais formas de consciência social e a Economia é estrutura.
Gente séria analisa de forma bastante otimista a economia brasileira para hoje e para o futuro. O economista Jim O’Neill, criador do BRIC, afirma que apesar do fraco desempenho registrado no PIB desde a segunda metade do ano de 2011 é necessário, se quisermos fazer uma análise honesta, colocar o resultado desapontador de 2011 e 2012 no contexto do ciclo brasileiro. Em 2001, 2002 e 2003 o Brasil cresceu, respectivamente, 1,3%, 2,7% e 1,1% e a partir dai acelerou. Noutras palavras, não é possível avaliar o baixo crescimento desses últimos anos fora desse contexto e sem analisar-se também a crise pela qual passa o capitalismo mundial. Jim O’Neill afirma ainda que há condições de projetar-se um crescimento importante para o futuro, o percentual ainda será abaixo da possibilidade, mas indicativo de uma tendência.
Outro peso pesado que crê num crescimento da economia brasileira é John Williamson. Criador da expressão “Consenso de Washington”, afirma que a desaceleração econômica no Brasil é, sobretudo, cíclica e que será apenas uma questão de tempo para a atividade econômica reagir aos estímulos feitos pelo governo.
Pessoalmente penso que o PIB é apenas um dos indicadores que devem ser objeto de atenção e preocupação e nesse sentido não podemos perder de vista que, apesar de o país vir de dois anos de baixo crescimento, temos um quadro de pleno emprego, inflação sob controle e a relação divida/PIB vem caindo de forma consistente.
E também 2012 foi um ano histórico no que concerne à taxa de juros reais no país. O juro real hoje, descontada a inflação, é de 2% a.a., a menor que eu me lembro.
Essa análise rápida nos autoriza a afirmar que o futuro haverá de ser muito bom para o país, para o povo brasileiro e para os setores produtivos.
Pedro Benedito Maciel Neto é advogado e autor de “Reflexões sobre o estudo do Direito”, Ed. Komedi, 2007.