Unicamp cobra de Alckmin acordo feito em 2005

Universidade cumpriu meta de expansão, porém não recebeu mais recursos conforme fora prometido pelo governador

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) cobra do governador Geraldo Alckmin (PSDB) um acordo feito no primeiro governo do tucano, em 2005, que aumentaria os recursos da Universidade, caso esta abrisse um campus em Limeira, interior de São Paulo. O campus foi inaugurado em 2008 e o acordo não foi cumprido.

Em nota, a universidade informou que, por meio do acordo, “o Governo do Estado se comprometeu a inserir, ‘de modo permanente’, em sua Lei Orçamentária Anual, a partir de 2006, um adicional de 0,05% na cota-parte da Universidade no ICMS do Estado”.

O orçamento das universidades estaduais de São Paulo é fundamentado com repasse das arrecadações do ICMS, que garante sua autonomia. O percentual hoje é de 9,57%. O acréscimo acordado, de 0,05% corresponderia, em valores atuais, a R$ 45,5 milhões. Poderia sanar parte das dificuldades financeiras enfrentadas pela universidade, com parte dos servidores em greve.

A Unicamp é a segunda mais bem colocada em rankings internacionais e responde por 10% da pesquisa acadêmica no país.

O acordo foi assinado no dia 15 de dezembro de 2005, pelo então secretário de Ciência e Tecnologia, João Carlos de Souza Meirelles e pelo Reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge.

De acordo com a universidade, o documento foi fundamental para que o Conselho Universitário aprovasse a criação do novo campus, que foi inaugurado no dia 12 de setembro de 2008.

O campus de Limeira implicou na abertura de 480 novas vagas, representando um acréscimo de 17% no total de vagas na graduação, o maior já realizado de uma só vez na história da Unicamp.

Dada a importância da medida e seus impactos positivos no ensino superior público, a Unicamp afirma que “mantém a expectativa de que o termo assinado em 2005 seja efetivamente cumprido.”

 

Por Aline Baeza, da Agência PT de Notícias

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