Usina solar terá excedente de energia em SC

Sobra de energia será comercializada para órgãos públicos, conforme permite a legislação brasileira

Desde sexta-feira (27), o prédio da Eletrosul em Florianópolis se tornou o edifício que mais produz energia da América Latina. O telhado da edificação ganhou cerca de 4,2 mil painéis de captação de energia solar, o que a torna capaz de abastecer não só as necessidades do prédio, como também de outras 524 residências ao mesmo tempo.

“Nas cidades do futuro, haverá muitos prédios assim. Queremos estar prontos para o boom da energia solar”, explica Ronaldo Custódio, diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul.

De acordo com ele, o maior intuito da Eletrosul não é atender a demanda, mas divulgar um serviço pouco conhecido no Brasil: a venda do excedente de energia às empresas públicas.

Essa iniciativa está embasada em uma resolução governamental de dezembro de 2012. A partir dessa data, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitiu que unidades consumidoras que gerassem energia excedente teriam abatimento em suas contas. A medida é vantajosa para a empresa,  que “ganha” o extra, assim como para o consumidor (no caso, o prédio), que não precisa comprar armazenadores da energia extra.

“Em todos países onde a energia solar deslanchou, como Alemanha, Espanha e Japão, tudo começou com algum tipo de incentivo”, afirma Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace Brasil.

” No Brasil, essa uma adaptação disso. Todo mundo pode gerar energia limpa em casa e economizar na conta de luz”,  completa.

Sustentabilidade  – A importância do investimento da Eletrosul em energia solar também ser reflete na preservação do meio ambiente.  “É uma iniciativa muito bem-vinda. Serve para mostrar que a energia solar é uma opção viável para a segurança energética”, diz Baitelo.

Custódio,  da Eletrosul, no entanto,  destaca que a energia solar,  embora tenha alto custo de implantação,  praticamente não precisa de manutenção,  o que reduz  ainda mais seu impacto ambiental. O investimento no projeto, de R$ 9,5 milhões, foi financiado por um banco de fomento alemão. Por mês,  a usina poderá gerar um crédito energético de cerca de R$ 31 mil.

 

Por Bruno Bucis, da Agência PT de Notícias

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