15 de agosto: o dia que Brasília ficou vermelha
Milhares de pessoas marcharam até a frente do TSE para apoiar o registro da candidatura de Lula à Presidência da República
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Pouco antes das 14h a movimentação já era grande ao lado do estádio Mané Garrincha, em Brasília, nesta quarta-feira (15). Correria para o almoço, um banho rápido e os ônibus carregados com as malas dos marchantes que em quatro dias andaram cerca de 150 quilômetros em três colunas.
O termômetro bate quase 30ºC, mas nem o sol e a baixa umidade de Brasília conseguem conter a força da Marcha Nacional Lula Livre.
O Congresso Nacional no horizonte começa a chamar menos atenção do que as milhares de pessoas em trajes vermelhos e bandeiras tremulantes.
Segundo o MST, são 30 mil manifestantes, mas a impressão de dentro é que todo o Brasil está em marcha para apoiar a candidatura do presidente Lula.
Os ministérios, cercados por policiais militares, se apequenam diante da multidão que grita por democracia. Os pontos turísticos passam e o grito por “Lula Livre” ecoa pelo cerrado.
Perto do Congresso Nacional, a Marcha entra à direita — o lado que nunca escolheremos — perto do Itamaraty.
A Marcha se afunila em um pequeno túnel com o emocionante grito de “ocupar e resistir” e reina diante do Tribunal Superior Eleitoral por volta das 16h, depois de duas horas de caminhada.
Sob o sol quente a multidão busca um refresco à sombra, a bandeira progressista para se abrigar ou água. O cansaço está nas mãos dos músicos que não param de tocar seus instrumentos ou em quem puxa os hinos. O cansaço faz parte da luta, mas ele nunca será fator limitante para fazer ninguém que está aqui hoje parar de gritar.
O TSE está vermelho, Brasília, por dois dias, se avermelhou para ver o registro de uma candidatura. O povo pede por Lula candidato. O povo brada por democracia.
Por redação da Agência PT de notícias