17 e 24 de maio: Movimentos ocupam Brasília contra retrocessos
Em São Paulo, também está marcado um debate público com lideranças de movimentos sociais e centrais sindicais, no dia 17, em frente ao Masp
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Com o adiamento da votação da Reforma da Previdência proposta pelo governo golpista de Michel Temer, as centrais sindicais e movimentos sociais começarão, a partir desta semana, uma série de ações tendo Brasília como alvo principal da pressão.
A comissão especial que analisava a PEC aprovou o relatório por 23 votos a 14. No entanto, para que o texto seja aprovado em plenário, o governo precisa de 308 votos, e a base governista não tem convicção de que conseguirá atingir esse número, dada a rejeição ao tema.
Para aumentar a pressão contra a PEC, uma mobilização já está confirmada na capital federal nesta quarta-feira (17), com visitas a gabinetes no Congresso. Na próxima semana, dia 24 de maio, os movimentos farão o Ocupa Brasília, uma marcha que será realizada nas ruas da capital federal.
Para o Ocupa Brasília, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) conclama toda a sociedade brasileira, as diversas categorias do campo e da cidade, os movimentos sociais e de cultura a ocuparem a capital federal. Segundo a central, o objetivo é “reiterar que a população brasileira é frontalmente contra a aprovação da reforma da Previdência, da reforma trabalhista e de toda e qualquer retirada de direitos”.
Em São Paulo, também nesta quarta-feira (17), está marcado um debate público, em frente ao Masp, com lideranças de movimentos sociais e centrais sindicais, a partir das 19h.
“A Greve Geral do último dia 28 mostrou que a informação está chegando à população que está participando de todas as atividades convocadas. E assim como fizemos a maior Greve Geral da história, também faremos a maior manifestação que Brasília já viu”, aponta o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
As centrais Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB ); Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); Central Sindical e Popular (CSP Conlutas); Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB); CUT; Força Sindical; Intersindical – Central da Classe Trabalhadora; NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores e União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmam que , durante esta semana, haverá uma programação intensa de atividades nas bases sindicais e nas ruas.
A agenda de lutas busca continuar e aprofundar o debate com os trabalhadores e a população sobre os efeitos negativos (das reformas) para toda a sociedade e para o desenvolvimento econômico e social brasileiro”.
As centrais sindicais também não descartam a possibilidade de uma nova greve geral. “Sempre está no horizonte”, diz o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
O primeiro passo para barrar essa “reforma da Previdência’, observa Nobre, é fazer um “trabalho de convencimento” com deputados e senadores.
As centrais ainda ressaltam que se a marcha não bastar, elas “assumem o compromisso de organizar um movimento ainda mais forte do que foi o 28 de abril”.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da CUT e Rede Brasil Atual