2017 será ano de resistir aos retrocessos do golpe, diz Margarida
Para a deputada pelo PT-MG, golpe foi dado para impor pautas que retiram direitos fundamentais do povo brasileiro conquistados desde a redemocratização
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Na avaliação da deputada federal Margarida Salomão (PT-MG), 2017 será o ano de resistência às pautas do retrocesso, consequências do golpe à democracia e da retirada, de forma ilegítima, da presidenta eleita Dilma Rousseff do poder.
“Está claro que a essência do golpe é a luta pela desconstitucionalização de 88. É uma luta contra os direitos fundamentais do povo brasileiro conquistados nesse período desde a redemocratização”.
Salomão cita como “ameaças concretas” as reformas da Previdência e trabalhista, assim como a ampliação da terceirização.
Na opinião da deputada, o compromisso do PT deve ser pela manutenção dos direitos conquistados. A partir deste ponto, ela analisar ser preciso ampliar esses direitos. “Efetivamente, essa é a nossa pauta originária e é isso que a sociedade brasileira espera de nós”.
De acordo com Margarida, nesse enfrentamento às pautas do golpe, é essencial a campanha das Diretas Já, pela antecipação das eleições diretas para presidente da República.
Segundo ela, a campanha servirá para mobilizar o povo. “Mobilizar a população que está cansada, que está desempregada, que está ameaçada, por exemplo, pelo risco da reforma da Previdência”, explica.
Para a parlamentar petista, só haverá uma repactuação na sociedade após a devolução, ao povo, da sua soberania.
“É necessário que um governo legitimamente eleito conduza a sociedade brasileira em direção ao seu futuro”, completa.
6º Congresso Nacional do PT,
Sobre o 6º Congresso Nacional do PT, a ser realizado pelo partido ainda neste ano, Margarida Salomão considera que encontro é uma conquista dos setores que desejavam fazer o debate sobre o balanço e os novos rumos do partido.
“A minha expectativa com relação ao Congresso do PT é muito esperançosa. É necessário que o partido se atualize, que ele se debruce sobre sua relação com a sociedade, que ele retome a sua tarefa de transformação na sociedade brasileira”, declara.
Segundo ela, pode ser alcançada, a partir do Congresso, uma “democratização do partido, uma atualização da sua agenda e seu rejuvenescimento. “Para que ele continue a ser a grande ferramenta de mudança da sociedade brasileira”, complementa.
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias