8M: Mulheres petistas vão às ruas do país contra a violência e por democracia

Atos foram organizados coletivamente por movimentos de mulheres de todo o Brasil, e contou com a participação da SNMPT; brasileiras também defenderam o fim do genocídio em Gaza

Iolane Moraes

Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT, durante ato do 8 de março, em Manaus

Ao longo desta sexta-feira (8), data que marca o Dia Internacional da Mulher, as mulheres petistas ocuparam as ruas de todos os estados do país para lutar por direitos, defender a democracia e protestar contra a violência, o feminicídio e a misoginia que vêm ceifando diariamente a vida de brasileiras. Apenas o Rio Grande do Sul não realizou atividade hoje, em virtude das chuvas. O ato está marcado para o dia 14. 

Em todos os atos, faixas com o tema do 8 de março deste ano – “Sem golpe, sem anistia e sem misoginia” – estiveram presentes, assim como cartazes com mensagens como “Lugar de mulher é onde ela quiser”, “Resistimos para ver, marchamos para transformar, “Transformando a política com protagonismo feminista”, “Creches para todas as mães, “A epidemia do Brasil é o feminicídio”.

Em Manaus, a secretária nacional de mulheres do PT, Anne Moura, liderou um grande ato. Ela destacou a importância de as mulheres ocuparem as ruas hoje e sempre: “As mulheres estão na rua em defesa da democracia, sem golpe, sem anistia e sem misoginia, isso tudo resume o que a gente vem lutando ao longo desses anos. A gente quer mais igualdade, mais mulheres na política”.

“Por isso saímos às ruas em todo o Brasil para levantar nossa bandeira, nosso cartaz para dizer em alto e bom som dizer: o dia da mulher é todo dia, mas hoje, em especial, a gente sai às ruas para gritar bem alto por nossos direitos. Basta de violência contra as mulheres. Não seremos silenciadas nunca mais! Queremos todas nós vivas”, defendeu Anne.

Sob forte chove, mulheres ocupam a Paulista 

Já em São Paulo, mesmo sob forte chuva, milhares de mulheres de movimentos sociais e sindicais, partidos políticos do campo da esquerda, e estudantes ocuparam as ruas da Avenida Paulista para ouvir as palavras da presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR). 

“Essa marcha do 8 de março está sendo feita em várias cidades brasileiras, em muitas capitais, para mostrar que nós estamos aqui atentas. Não vamos abandonar a luta. E nós queremos mais mulheres em espaços de representação política. A democracia tem um déficit, se mais da metade das mulheres não participarem do processo político e não forem representadas dignamente nos espaços de decisões”, advertiu Gleisi.

E prosseguiu: “Por isso a luta pela democracia é muito importante para nós. Chega de golpe, chega de medo da ditadura. Nós queremos que aqueles que atentaram contra a democracia no dia 8 de janeiro respondam pelos seus crimes. É sem anistia. Estamos na luta para que a democracia viva”, disse a presidenta”. 

Juliana Cardoso, deputada federal (PT-SP), também participou do ato na Paulista para denunciar tudo aquilo que ainda afeta a vida das mulheres: “Nós temos um número alto de feminicídio, nós ainda temos, infelizmente, que brigar pelas nossas políticas públicas. Estamos aqui para dizer que basta de genocídio do povo palestino, e da nossa juventude negra e periférica.”

A secretária Estadual das Mulheres de SP, Fernanda Curti, destacou a ocupação mundial feita pelas mulheres neste 8 de Março: “As mulheres estão tomando as ruas no mundo inteiro, e aqui no Brasil, no estado de São Paulo, não é diferente. Nós, mulheres do PT, estamos nas ruas para exigir mais democracia e isso envolve mais mulheres na política. Portanto, convido a todas as mulheres a se engajarem, seja  para disputar a eleição, ou ajudar outra mulher a construir sua campanha”.

“Nós também queremos que não haja anistia para os golpistas”, continuou a secretária. “O que aconteceu no dia 8 de janeiro precisa ser punido de forma exemplar para barrar qualquer movimento e tentar derrubar a democracia no nosso país. Nós também estamos denunciando a misoginia desse Brasil. Nós não queremos mais um país que assassina, agride e violenta mulheres todos os dias. É por isso que a gente fica muito feliz de ter recuperado o Ministério das Mulheres com o presidente Lula”.

A luta por melhores condições para mulheres no ambiente de trabalho foi destaca por Renata Scaquetti, secretária sindical do PT-SP, como uma das causas que devem ser defendidas pelas companheiras.

“Estamos no ato do 8 de março, uma grande mobilziação das mulheres, especialmente as trabalhadoras, em defesa da vida de todas as mulheres, pelo fim da violência contra as mulheres, pela ratificação da Convenção 190 da OIT, que é extremamente importante porque é um mecanismo que reconhece o direito de toda mulher ter um local de trabalho livre de violência e assédio. Essa é uma das nossas lutas”.

No Rio, mulheres também foram às ruas

No Rio de Janeiro, a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), coordenadora da Bancada Feminina e da Secretaria da Mulher da Câmara, também discursou para as companheiras petistas. 

“Mais uma vez nós estamos aqui para defender as mulheres brasileiras do feminicídio, da violência, que tem nos assustado grandemente Nós temos que defender as nossas vidas porque nossas vidas importam e por isso estamos aqui para falar chega de feminicídio, não só no RJ, mas também no Brasil. Nós tivemos a coragem de votar para Lula voltar, e criar o Ministério das mulheres, e começar a ter políticas de estado para mulheres.”

Bené, que é uma das maiores referências de luta e atuação política no Brasil, defendeu a organização das mulheres para a disputa nas eleições de outubro: “Precisamos capacitar nossas lideranças, porque esse ano sendo eleitoral, nós, mulheres, temos que nos colocarmos como candidatas, preenchermos todos os espaços do Legislativo ao Executivo  e fazer valer os nossos direitos que já temos legalmente adquiridos. Por isso, devemos fortalecer nossas candidatas”, conclamou a parlamentar carioca.

Em vídeo gravado nas redes sociais, Lucimar Nascimento, secretária estadual de mulheres do PT-GO, pediu unidade entre as companheiras para fortalecer a luta das mulheres: “Precisamos estar juntas para combater  o feminicídio e todo tipo de violência que estamos sofrendo cada vez mais. Vamos juntas fortalecer a luta das mulheres.”

E Priscila Kelly Silva, Secretária estadual da Paraíba, ressaltou a importância da ocupação das ruas pelas mulheres: “Neste 8 de março estamos nas ruas em defesa da democracia, lutando contra a anistia e a misoginia. Vamos juntas lutar e defender os nossos direitos e o nosso país.”

Da Redação Elas por Elas 

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