Deputados e manifestantes exigem libertação de Lula

Durante o ato, não faltaram críticas ao STF pela seletividade ao manter Lula preso – sem provas – enquanto liberta vários outros acusados de corrupção

Magno Romero

Parlamentares em ato por Lula Livre em frente ao STF

Deputados da Bancada do PT na Câmara participaram na tarde desta quarta-feira (6) do Ato #LulaLivre, promovido pelos movimentos sociais ligados à luta pela moradia. Os manifestantes participam em Brasília da Marcha Pelo Direito à Cidade, que ocorre até esta quinta-feira (7). Centenas de ativistas saíram do acampamento, localizado próximo à Esplanada dos Ministério, e caminharam até o STF para exigir a libertação do ex-presidente Lula, preso injustamente na Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril.

Durante o ato, não faltaram críticas ao STF pela seletividade ao manter Lula preso – sem provas – enquanto liberta vários outros acusados de corrupção com inúmeros crimes comprovados. Os procuradores da Lava Jato e o juiz Sérgio Moro também foram acusados de utilizar a Lava Jato como instrumento de perseguição contra Lula. Apesar disso, o nome do ex-presidente foi novamente aclamado como o único que pode salvar o País da crise econômica e social em que se encontra. O líder da Bancada do PT, deputado Paulo Lula Pimenta (RS), destacou que apesar da caçada a Lula, o momento é de mobilização para exigir a liberdade de Lula e elegê-lo presidente da República.

“Esse STF, que mantém o vergonhoso auxílio-moradia para procuradores e juízes – e que nada diz sobre os salários pagos a membros do judiciário e do ministério público, que recebem muito acima do teto -, é o mesmo que mantém Lula preso sem ter cometido crime. Mas não há nada que nos impeça de registrar Lula no dia 15 de agosto, e vamos no dia 7 de outubro elegê-lo no primeiro turno, e no dia 1º de janeiro estaremos aqui nessa Praça [dos Três Poderes] na posse dele na Presidência da República”, exaltou Pimenta.

O deputado Paulo Lula Teixeira (PT-SP) lembrou aos participantes da Marcha pelo Direito à Cidade que Lula foi o presidente que mais investiu na construção de moradias populares. Ele citou como exemplo a criação do Ministério das Cidades e do programa “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV) e o MCMV-Entidades, que permite aos movimentos de moradia construírem suas próprias habitações.

Já o representante da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, ressaltou a importância da eleição de Lula para enfrentar os retrocessos na política habitacional patrocinados pelo Governo Temer. “Não poderíamos vir a Brasília e não defender Lula. Estamos denunciando aqui os cortes de recursos nas áreas sociais, inclusive por conta dessa redução de R$ 0,46 centavos no diesel que vai retirar recursos da moradia e do saneamento. Nossa batalha agora é registrar Lula e elegê-lo presidente da República”, avisou.

O deputado Lula Marcon (RS) – vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara – ressaltou a importância da liberdade de Lula e da eleição dele para a Presidência da República. “Precisamos unificar a luta dos trabalhadores do campo e da cidade para juntos libertarmos o Lula e em 1º de janeiro reencontrá-lo tomando posse no Palácio do Planalto”, observou.

Já o deputado Vicentinho Lula (PT-SP) também destacou a importância da eleição de um Congresso que apoie Lula no comando do País. “Temos que retirar esse bando de golpistas que estão no Congresso Nacional. Esses fizeram a Reforma Trabalhista e estão entregando o pré-sal, mas infelizmente foram eleitos pelo povo. Precisamos dizer ao povo que não dê ouvidos à mídia, e vote em quem está do nosso lado”, conclamou.

O deputado Wadih Lula Damous (PT- RJ) disse que o STF precisa cumprir o que determina a Constituição e libertar Lula imediatamente. “Se algum desses ministros tivesse vergonha na cara Lula já estaria livre. Esse tribunal é o coveiro da Constituição. Por isso temos que exigir que o Supremo cumpra a Constituição, liberte Lula para que ele dispute as eleições. A ordem é resistência, disciplina e combatividade para tirar Lula de Curitiba”, frisou Wadih Damous.

A deputada Erika Lula Kokay (PT-DF) avaliou que o STF se engana ao manter Lula preso achando que “pode prender uma ideia”. “As ideias são imunes às grades. Prenderam Lula para aprisionar os sonhos do povo brasileiro. Estamos aqui dizendo que eles não irão sequestrar as eleições de 2018. Eleição Sem Lula é fraude”, afirmou.

No final do evento, e ao som do trompetista Fabiano Leitão, os manifestantes cantaram o refrão “Olé, Olé, Olá, Lula, Lula”, o mesmo que o músico toca durante transmissões ao vivo de telejornais da Globo. Eles também se postaram atrás de uma faixa colocada de frente para o STF, na qual se lia: “Faz 60 dias que Lula está preso injustamente”. Logo após, em forma de jogral, repetiram em alta voz um pequeno discurso proferido pelo ex-ministro Gilberto Carvalho exigindo a libertação de Lula.

Do PT na Câmara

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