Avaliação do MEC desmente ministro sobre desempenho de instituições federais

As instituições, tão ofendidas pelo governo Bolsonaro que quer privatizar a educação, têm resultado muito superior as universidades privadas, diz o senador Paulo Rocha

Agência Brasil

Levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), aponta que as instituições federais tiveram mais da metade de seus cursos de graduação com as mais altas notas do sistema de avaliação do MEC em 2018. O desempenho é quase duas vezes superior ao obtido por faculdades e universidades com fins lucrativos.

“As instituições de ensino federais, tão ofendidas pelo governo Bolsonaro que quer privatizar a educação, dão show e têm resultado muito superior a faculdades e universidades privadas. Muito desse resultado é fruto das gestões do PT, que priorizaram o ensino público”, apontou o senador Paulo Rocha (PT-PA).

De acordo com dados do Conceito Preliminar de Curso (CPC), as instituições federais tiveram 56,8% de seus cursos de graduação com as mais altas notas 2018. Esse percentual é de 28,5% nas privadas com fins lucrativos.

O conceito tem uma escala de um a cinco. Os cursos com nota um e dois são considerados insatisfatórios e podem ter a autorização de funcionamento comprometida. Já as notas quatro e cinco representam os intervalos de melhor qualidade.

O Inep também divulgou o IGC (Índice Geral de Cursos), feito com 2.052 instituições de ensino. Segundo o órgão, 12,9% das instituições tiveram IGC um ou dois. O índice três reúne a maior parte das instituições (63,6%). Na outra ponta, 23,3% obtiveram índices quatro ou cinco.

Segundo o documento, 68,6% das federais estão com as duas notas mais altas, quatro e cinco. O percentual é de 18,1% entre as privadas com fins lucrativos.

Focado em atacar todas as políticas públicas criadas pelo PT na área da educação, o ministro Abraham Weintraub já declarou que o ensino superior privado é prioridade no governo Bolsonaro, além de dizer que as instituições federais promoviam a balbúrdia e ligou as universidades federais a plantações de maconha. Inclusive, o ministro voltou a repetir essa informação, ontem (11), na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Por PT no Senado

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