Brasil contra a homofobia
A 18ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo reuniu milhares de pessoas para celebrar a diversidade sexual e combater o preconceito. Este ano, o tema da Parada foi “País…
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A 18ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo reuniu milhares de pessoas para celebrar a diversidade sexual e combater o preconceito. Este ano, o tema da Parada foi “País vencedor é País sem Homolesbotransfobia, chega de mortes!”, que pede a criminalização da homofobia e a aprovação da Lei de Identidade de Gênero. Se aprovada, essa regra garantirá às pessoas o direito à retificação do registro de sexo e a mudança do
prenome e da imagem registradas na documentação pessoal, sempre que não coincidam com a sua identidade de gênero auto-percebida.
Em seu Twitter, Dilma lembrou o trabalho da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) em favor da comunidade LGBT. “Pessoas de todo o País estão hoje em São Paulo para participar da Parada LGBT. No ano passado, a Secretaria de Direitos Humanos lançou o Sistema Nacional LGBT, que articula politicas públicas em conjunto com estados, DF e municípios”, lembrou.
Segundo a presidenta, denunciar é a melhor forma de combater o preconceito e a violência. “O módulo LGBT do Disque 100 é hoje a principal ferramenta no combate à violência homofóbica. O serviço é gratuito, anônimo e funciona!”, comentou.
O Sistema Nacional de Promoção de Direitos e Enfrentamento à Violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Sistema Nacional LGBT) foi criado em 2013 e é formado por centros de promoção e defesa, e por comitês de enfrentamento à discriminação e de combate à violência.
Segundo o relatório divulgado pela SDH, em 2012 foram registradas 3.084 denúncias de violência contra homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais, e mais de 9,9 mil violações de direitos contra a comunidade LGBT. São 4,8 mil vítimas e 4,7 mil acusados.
Deste total, 71,3% das vítimas são do sexo masculino e 20,1%, feminino; 60,4% são gays; 37,5%, lésbicas; 1,4%, travestis; e 0,49%, transexuais.
Os dados vêm do Disque 100, que é um canal disponibilizado pela SDH para receber denúncias contra violações aos direitos humanos, do Ligue 180 da Secretaria de Políticas para as Mulheres e do atendimento às vitimas no Sistema Único de Saúde (SUS).
Uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo aponta que 72% dos homens que se assumem publicamente como gays já sofreram agressões verbais no trabalho, na faculdade e em ambientes familiares, enquanto 16% dos não assumidos passaram por algo semelhante.
A pesquisa ainda mostra que 21% dos assumidos já foram agredidos, contra 4% dos que não se revelaram.
Por Alessandra Fonseca, da Agência PT de Notícias