Governo monta megaoperação na fronteira para garantir segurança na Copa
Além de prevenir crimes, como contrabando e tráfico de drogas, os envolvidos na ação prestam atendimento médico e odontológico às populações mais isoladas
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Mais de 30 mil militares das Forças Armadas e agentes das Polícia Federal, Rodoviária Federal e estaduais iniciaram o patrulhamento de a fronteira brasileira com dez países para ampliar a segurança durante a Copa do Mundo.
Batizada de Operação Ágata 8, a ação tem como objetivo combater os principais crimes transfronteiriços como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração e garimpo ilegais.
Realizada desde 2011, a operação terá uma versão mais abrangente. Ela vai atingir todos os 11 estados que fazem divisa com outros países, sendo que seis estão na Região Norte, três no Sul e dois no Centro-Oeste.
Segundo o Ministério da Defesa, o efetivo das Forças Armadas na fronteira foi ampliado. Somente o Comando Militar da Amazônia (CMA), por exemplo, empregou um contingente de quatro mil integrantes do Exército.
Além dos 30 mil militares das Forças Armadas, serão usados ainda oito agentes da PF e Polícia Civil, além das PMs e servidores do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMbio). Órgãos estaduais e estaduais e federais também estão envolvidos, o que triplica o número de integrantes na movimentação. Em algumas cidades onde não há forças de segurança locais, o Exército terá poder de polícia.
As Forças Armadas estão empregando seus melhores equipamentos, como os navios patrulha fluvial e de assistência hospitalar da Marinha, que também usará helicópteros UH-12 (Esquilo), lanchas, balsas e agências escola flutuantes.
O Exército está usando todo seu efetivo de brigadas e batalhões de Infantaria de Selva, de Fronteira e Mecanizado. Cabe à força fazer bloqueio de rodovias consideradas estratégicas. Já Força Aérea Brasileira (FAB) está encarregada da garantia da soberania do espaço aéreo do país.
Ação Social – Além das ações de combate aos crimes fronteiriços, os agentes públicos de atuam na Operação Ágata 8 realizam Ações Cívico-Sociaistos (Aciso), principalmente em áreas ribeirinhas, de difícil acesso ou de extrema pobreza.
No período da mobilização, militares das três forças prestam atendimento médico, odontológico e hospitalar à população local. Segundo o Ministério da Defesa, desde 2011, foram realizados mais de 280 mil procedimentos de saúde.
Por Edson Luiz, da Agência PT de Notícias