Operação conjunta fiscaliza fronteira para a Copa
Iniciada em 10 de maio, Operação Ágata 8 acumula apreensões de drogas e contrabando
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Conforme balanço inicial divulgado pelas Forças Armadas, foram apreendidas mais de seis toneladas de maconha nas faixas de fronteira do Brasil com outros 10 países. Na semana passada, o vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Defesa, Celso Amorim, estiveram no Amapá para acompanhar a mobilização dos eixos do governo para ajudar na segurança da Copa do Mundo.
Além da droga, os militares e agentes da Rodoviária Federal, e das polícias Federal, Civil e Militar apreenderam mais de 10 mil cigarros contrabandeados, além de mais de um milhão de reais em mercadorias contrabandeadas. Nas mais de 65 mil inspeções em embarcações, carros e pessoas, foram retidas mais de uma tonelada e meia de peixe e três toneladas de carne de origem suspeita, 20 mil metros cúbicos de madeira ilegal e 25 armas. Também foram apreendidos 80 barcos e 62 automóveis com documentação irregular.
A Ágata 8 é uma operação federal conjunta, comandada pelas Forças Armadas, dentro do Plano Estratégico de Fronteira (PEF) do governo federal. “A ação intensifica a presença do Estado na região fronteiriça”, afirmou Amorim, durante visita à cidade de Clevelândia do Norte, na divisa entre o Amapá e Suriname, Guiana e Guiana Francesa. No local, estão efetivos do Comando Militar do Norte (CMN). De acordo com o Ministério da Defesa, haverá uma atenção especial, durante a Copa do Mundo, também na fronteira com Paraguai e Bolívia.
Segundo o general José Carlos De Nardi, chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, a mobilização não é um exercício, mas uma ação efetiva do governo. A operação militar na fronteira é um dos dez eixos de atuação dos militares brasileiros às vésperas da Copa do Mundo. O objetivo é combater os crimes transfronteiriços e qualquer tipo de ação com potencial de risco à realização do evento. Iniciada no dia 10 de maio, a mobilização militar se estende do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS).
Por Edson Luiz, da Agência PT de Notícias