1º de Maio: Lula reafirma “compromisso com o povo trabalhador”
Presidente participa de ato com trabalhadores, anuncia medidas como a valorização do salário mínimo e diz trabalhar incansavelmente para que “o nosso povo possa voltar a sorrir”
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Lula fez questão de passar o primeiro Dia do Trabalhador de seu novo governo ao lado dos operários e operárias do país. Por isso, neste 1º de Maio, foi ao Vale do Anhangabaú, em São Paulo, onde as centrais sindicais organizaram ato público.
O presidente agradeceu a chance de governar o país por mais quatro anos e prometeu realizar ainda mais coisas que nos dois primeiros mandatos.
“Vou fazer muito mais, por conta do meu compromisso com o povo trabalhador, com as pessoas que ralam o dia inteiro, que levantam 5h da manhã e andam duas horas de ônibus ou até pé, que pegam um trem lotado ou um metrô entupido, para levar um dinheirinho para casa”, disse (veja a íntegra do discurso abaixo).
No 1º de maio com trabalhadores e trabalhadoras no Vale do Anhangabaú. Depois de muitos anos, o Dia do Trabalhador voltou a ser um dia de conquistas, com reajuste do salário mínimo e aumento da isenção do Imposto de Renda. Contem com o nosso governo.
📸: @ricardostuckert pic.twitter.com/eyCf7830dq
— Lula (@LulaOficial) May 1, 2023
“A missão que eu assumi é a de que este país volte a ser alegre, o nosso povo possa voltar a sorrir”, garantiu, citando ainda a volta do Farmácia Popular e o reforço do SUS como medidas que buscam ajudar os trabalhadores, especialmente aqueles já aposentados.
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Ao discursar, Lula lembrou algumas das medidas que já foram tomadas em defesa da classe trabalhadora em apenas quatro meses de governo, como o projeto de lei que tornará obrigatório o pagamento de salários iguais para mulheres e homens com a mesma função.
“Não é possível que, depois de tantos milênios de existência da humanidade, a gente ainda trate a mulher como se fosse um ser inferior”, criticou, condenando também o assédio e a violência de gênero.
Salário mínimo e imposto de renda
Outras duas medidas destacadas por Lula foram a isenção no imposto de renda para quem ganha até R$ 2.640 e a volta da política de valorização do salário mínimo acima da inflação.
Até ontem, quem ganhava mais de R$ 1.903, pagava imposto de renda. Agora, aumentamos o limite para R$ 2.640. E tenho um compromisso de, ao terminar o mandato, ter isenção até R$ 5 mil.
— Lula (@LulaOficial) May 1, 2023
“Quando o salário mínimo aumenta, quem ganha não é só o cidadão que recebe. Ganha o dono do comércio, o cidadão que vende cachorro-quente, pastel, comida”, disse.
“Porque o trabalhador tendo mais dinheiro, ele compra mais; ele comprando mais, o comércio gera mais emprego e encomenda coisa da indústria; a indústria gera emprego. E começa a funcionar aquilo que eu disse na televisão: a roda gigante da economia começa a girar e todo mundo começa a ganhar”, completou.
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O presidente disse também estar empenhado em trazer investimentos para o Brasil com o intuito de gerar mais empregos. “Vocês viram que eu já fui para Estados Unidos, China, Argentina, Uruguai e vou para a Inglaterra agora. O que nós estamos fazendo? Estamos convidando empresários estrangeiros para fazer investimentos no Brasil.”
Parabéns aos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, com carteira assinada, por conta própria, de aplicativos, empreendedores, micros e pequenos empresários, que labutam todos os dias, construindo a riqueza desse país! Com o governo @LulaOficial voltam a ter tratamento digno,…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) May 1, 2023
Pela redução da taxa de juros
Ele, no entanto, lembrou que a taxa de juros que o Banco Central, hoje comandado pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, tem atrapalhado a retomada da economia.
“A gente não pode viver num país onde a taxa de juros não controla a inflação, controla o desemprego, porque, na verdade, ela é responsável por uma parte da situação que nós vivemos hoje”, afirmou.
Ao discursar antes de Lula, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, também criticou o BC de Bolsonaro e anunciou que o movimento sindical está em campanha permanente pela queda da taxa de juros. “Temos que tirar esse picareta desse Campos Neto, que está sabotando o crescimento do país com uma taxa de juros de 13,75%”, defendeu.
Da Redação