1º de Maio: Lula reafirma “compromisso com o povo trabalhador”

Presidente participa de ato com trabalhadores, anuncia medidas como a valorização do salário mínimo e diz trabalhar incansavelmente para que “o nosso povo possa voltar a sorrir”

Ricardo Stuckert

Lula: "Com o trabalhador tendo mais dinheiro, a roda gigante da economia começa a girar"

Lula fez questão de passar o primeiro Dia do Trabalhador de seu novo governo ao lado dos operários e operárias do país. Por isso, neste 1º de Maio, foi ao Vale do Anhangabaú, em São Paulo, onde as centrais sindicais organizaram ato público. 

O presidente agradeceu a chance de governar o país por mais quatro anos e prometeu realizar ainda mais coisas que nos dois primeiros mandatos.

“Vou fazer muito mais, por conta do meu compromisso com o povo trabalhador, com as pessoas que ralam o dia inteiro, que levantam 5h da manhã e andam duas horas de ônibus ou até pé, que pegam um trem lotado ou um metrô entupido, para levar um dinheirinho para casa”, disse (veja a íntegra do discurso abaixo).

“A missão que eu assumi é a de que este país volte a ser alegre, o nosso povo possa voltar a sorrir”, garantiu, citando ainda a volta do Farmácia Popular e o reforço do SUS como medidas que buscam ajudar os trabalhadores, especialmente aqueles já aposentados.

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Ao discursar, Lula lembrou algumas das medidas que já foram tomadas em defesa da classe trabalhadora em apenas quatro meses de governo, como o projeto de lei que tornará obrigatório o pagamento de salários iguais para mulheres e homens com a mesma função.

“Não é possível que, depois de tantos milênios de existência da humanidade, a gente ainda trate a mulher como se fosse um ser inferior”, criticou, condenando também o assédio e a violência de gênero.

Salário mínimo e imposto de renda

Outras duas medidas destacadas por Lula foram a isenção no imposto de renda para quem ganha até R$ 2.640 e a volta da política de valorização do salário mínimo acima da inflação.

“Quando o salário mínimo aumenta, quem ganha não é só o cidadão que recebe. Ganha o dono do comércio, o cidadão que vende cachorro-quente, pastel, comida”, disse. 

“Porque o trabalhador tendo mais dinheiro, ele compra mais; ele comprando mais, o comércio gera mais emprego e encomenda coisa da indústria; a indústria gera emprego. E começa a funcionar aquilo que eu disse na televisão: a roda gigante da economia começa a girar e todo mundo começa a ganhar”, completou.

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O presidente disse também estar empenhado em trazer investimentos para o Brasil com o intuito de gerar mais empregos. “Vocês viram que eu já fui para Estados Unidos, China, Argentina, Uruguai e vou para a Inglaterra agora. O que nós estamos fazendo? Estamos convidando empresários estrangeiros para fazer investimentos no Brasil.” 

Pela redução da taxa de juros

Ele, no entanto, lembrou que a taxa de juros que o Banco Central, hoje comandado pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, tem atrapalhado a retomada da economia. 

“A gente não pode viver num país onde a taxa de juros não controla a inflação, controla o desemprego, porque, na verdade, ela é responsável por uma parte da situação que nós vivemos hoje”, afirmou.

Ao discursar antes de Lula, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, também criticou o BC de Bolsonaro e anunciou que o movimento sindical está em campanha permanente pela queda da taxa de juros. “Temos que tirar esse picareta desse Campos Neto, que está sabotando o crescimento do país com uma taxa de juros de 13,75%”, defendeu.

Da Redação

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