Vice-procurador da PGE defende inelegibilidade de Bolsonaro por abuso de poder
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou sessão de investigação sobre ex-presidente e general Braga Netto nesta quinta-feira (22)
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A inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro começou a ser julgada nesta quinta-feira (22) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que também investiga o general Braga Netto sobre uma reunião de ambos com embaixadores para atacar o sistema democrático brasileiro de votação, por meio das urnas eletrônicas.
Na ação, Bolsonaro também é acusado de uso indevido dos meios de comunicação para transmitir a reunião com os embaixadores pela TV Brasil. Após a conclusão da reunião, o PDT entrou com uma ação de investigação no TSE.
Durante o julgamento, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, defendeu a inelegibilidade do ex-presidente por abuso de poder político. Se condenado, Bolsonaro ficará inelegível por oito anos.
Gonet disse considerar que “estão estampados” os elementos para afastar Bolsonaro das próximas eleições. “Conclusão dos autos conduzem que o evento foi deformado em instrumento de manobra eleitoreira, traduzindo em desvio de orientação”, apontou.
“Relançar aos cidadãos proposições que abalam a emissão do pleito eleitoral às vésperas de sua realização, que já foram desmentidas e sem a exposição de novas bases que fundamentam, não é contribuir com o progresso com as estruturas da democracia”, destacou Gonet. “É degradá-la, ardilosamente, pela destruição da confiança que o sistema depende”.
Suspensão
Após fala do vice-procurador, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, suspendeu o julgamento e anunciou que a análise será retomada na próxima terça-feira (27) com a leitura do voto do relator, o ministro Benedito Gonçalves. Durante uma sessão, Gonçalves apresentou o relatório elaborado de 43 páginas.
Da Redação , com informações do G1