No RS, Lula defende saúde, moradia, educação e fim da desigualdade no mundo
Presidente participou nesta sexta (30) de entrega de residências do Minha Casa, Minha Vida em Viamão e da inauguração de dois blocos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou, nesta sexta-feira (30), o Rio Grande do Sul para duas agendas que são prioridades de seu terceiro governo na Presidência da República. Ele assumiu um novo desafio, fazer uma campanha mundial, com o apoio do Papa Francisco, contra a desigualdade no planeta Terra – tarefa de quem já mostrou que é possível acabar com a fome e tornar o Brasil uma das principais economias mundiais.
Na cidade de Viamão, pela manhã, Lula visitou uma casa e entregou a chave a moradora de uma das 446 residências do condomínio Viver Coometal, construído por meio da modalidade Entidades do Minha Casa, Minha Vida, que ao todo beneficiará 1.784 pessoas.
A emoção da Dona Odete é a de 446 famílias que hoje também receberam a chave da casa própria em Viamão, no Rio Grande do Sul. Moradia é dignidade e cidadania para o povo.
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— Lula (@LulaOficial) June 30, 2023
Lula estava acompanhado pelos ministros das Cidades, Jader Filho, e da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, além do governador do Estado, Eduardo Leite, e do prefeito de Viamão, Nilton Magalhães, além do ex-governador Olívio Dutra e deputados federais como Bohn Gass e Maria do Rosário, entre outras autoridades.
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O empreendimento, que começou a ser construído ainda no segundo governo da presidenta Dilma Rousseff, recebeu o investimento total de R$ 39,8 milhões, sendo R$ 37,6 milhões do governo federal e R$ 2,2 milhões de contrapartida do governo do estado.
Na cerimônia, Lula voltou a defender a importância de colocar o povo pobre não só no orçamento do governo federal, mas também nos orçamentos das prefeituras e dos estados e afirmou que seu governo vai contratar dois milhões de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida até 2026. “A minha experiência de oito anos na Presidência e a minha experiência de agora é que a coisa mais barata é cuidar do povo pobre”, afirmou Lula.
O presidente também defendeu a necessidade de consultar a população na definição de políticas públicas e citou a experiência inovadora de seu governo, que implementou neste ano o PPA Participativo (Plano Plurianual Participativo).
“A companheira Simone Tebet e o companheiro Márcio Macedo estão viajando os 27 estados do Brasil fazendo reuniões com as pessoas para discutir o que elas querem que o governo federal coloque no orçamento”, disse o presidente fazendo referência, respectivamente, aos ministros do Planejamento e Orçamento e da Secretaria-Geral da Presidência.
Durante o discurso, Lula defendeu o combate ao ódio que dominou a política nacional sob o governo de Bolsonaro. “Quando venho ao Rio Grande do Sul, eu não quero saber de que partido é o governador ou prefeito. Eu quero saber quem é o representante legal da cidade ou do estado que tenho de manter a relação mais civilizada.”
Após a vitória nas urnas, Lula chamou os 27 governadores de Estado em Brasília para repartir com eles a responsabilidade de produzir projetos. “Este ano, só em infraestrutura, nós vamos investir R$ 23 bilhões do orçamento. Isso é mais do que o governo anterior investiu em quatro anos.”
Lula afirmou que foi conversar com o Papa Francisco porque pretende fazer uma campanha contra a desigualdade no mundo. “Não é possível a desigualdade racial, de classe, de gênero, de educação, na saúde, de pessoas na rua, na comida. Há uns que comem dez vezes por dia e tem gente que passa três dias sem comer. Não é justo e não é normal. Isso não está na bíblia, não está na declaração universal dos direitos humanos e não está na nossa Constituição”, afirmou o presidente.
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HC de Porto Alegre
No fim da tarde, o presidente Lula participou da inauguração dos Blocos B e C dos Hospital de Clínicas de Porto Alegre, resultado de mais de R$ 500 milhões investidos pelo governo da presidenta Dilma Rousseff, que agora se torna realidade.
Em uma cerimônia emocionante, Lula chorou ao ouvir o discurso da estudante de medicina Marilza Vallejo Belchior, “mulher preta, brasileira e oriunda da escola pública, fruto das ações afirmativas (lei de cotas)”.
Acompanhado pelos ministros Paulo Pimenta, Nísia Trindade (Saúde) e Camilo Santana (Educação), Lula afirmou que nenhum país do mundo se desenvolveu antes de investir em educação, “é a educação que pode fazer a revolução social que um país precisa”.
"Eu quero um país com a cara de vocês: a cara de gente com esperança, de gente vencedora, de gente que não se desespera diante do infortúnio, de gente bonita, de gente que come" presidente @LulaOficial pic.twitter.com/H93YJfx5GG
— PT Brasil (@ptbrasil) June 30, 2023
Ao entregar um dos mais modernos centros de saúde pública do Brasil, Lula afirmou que a pandemia e um governo negacionista mostraram a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), promulgado durante a Constituinte de 1988. “A gente estava fazendo uma coisa que nenhum país do mundo com mais de cem milhões de habitantes havia feito, universalizar a saúde pública”, disse.
O presidente reafirmou o compromisso de sua volta à Presidência. “Eu voltei porque acho que a gente vai construir o país que a gente quiser, do tamanho que a gente quiser e com a cara que a gente quiser.”
Da Redação