Efeito Lula: PIB surpreende e cresce 3,1% em 12 meses até setembro, mostra o IBGE

Já no acumulado do ano, alta de 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado

José Paulo Lacerda/CNI e Site do PT

Retomada do crescimento: a expectativa de uma alta do PIB de 3,1% em 2023 está acima do previsto para a média mundial, segundo o FMI

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresentou um resultado surpreendente no terceiro trimestre, com aumento de 0,1% frente ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal, conforme divulgado nesta terça-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado dos quatro trimestres, terminados em setembro de 2023, o PIB cresceu 3,1% na comparação com os quatro trimestres imediatamente anteriores.

Já no acumulado do ano, alta de 3,2% em relação ao mesmo período de 2022. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o crescimento foi de 2,0%.

O resultado do terceiro trimestre surpreendeu os analistas do mercado, que previam uma queda de até 0,3%. Além disso, a expectativa de uma alta do PIB de 3,1% em 2023 está acima do previsto para a média mundial, de 3,0%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Com os dados divulgados na manhã de hoje pelo IBGE revisamos levemente para cima as projeções de PIB de 2023 de 3% para 3,1%. Assumimos alta de 0,3% no PIB do 4T de 2023”, afirmou o economista André Perfeito, nas redes sociais.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, comemorou os dados do IBGE. “Hoje saiu o resultado do PIB no trimestre. O mercado estava falando em retração de 0,3% e cresceu 0,1%. Essa é a garantia que o PIB vai crescer esse ano mais que 3%. É a notícia no Brasil nesse momento. Nossa equipe econômica está de parabéns“, disse, nas redes sociais.

Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre totalizou R$ 2,741 trilhões, sendo R$ 2,387 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 353,8 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

Setores

Tanto os Serviços quanto a Indústria avançaram 0,6% na comparação entre o terceiro e o segundo trimestres, enquanto a Agropecuária recuou 3,3%.

“A queda do Agro nem dá para ser considerado uma queda de fato, na comparação anual o setor sobe robustos 8,77%. A surpresa ficou pelo comportamento melhor que o esperado para serviços e indústria que tem peso maior no valor adicionado ao PIB (agropecuária adiciona pouco valor em si, mas movimenta cadeias longas nos serviços e indústria)”, disse André Perfeito.

Nas atividades industriais, houve variações positivas das Indústrias extrativas (0,1%) e das Indústrias de transformação (0,1%). Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, de gestão de resíduos cresceu 3,6%, e a construção civil recuou 3,8%.

Entre as atividades dos Serviços, houve variação positiva em: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), Atividades imobiliárias (1,3%), Informação e comunicação (1,0%), Outras atividades de serviços (0,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e Comércio (0,3%). Por outro lado, a atividade de Transporte, armazenagem e correio recuou 0,9%.

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo caiu 2,5% frente ao trimestre anterior. A Despesa de Consumo das Famílias subiu 1,1% e a Despesa de Consumo do Governo variou 0,5%. No setor externo, enquanto as Exportações de Bens e Serviços avançaram 3,0%, as Importações de Bens e Serviços recuaram 2,1% em relação ao segundo trimestre de 2023.

Da Redação

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