Governadores acreditam em vitória emblemática do PT nas eleições de 2024

Elmano de Freitas (Ceará), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte) e Rafael Fonteles (Piauí) participaram da conferência eleitoral do PT

Thiago Coelho

"O candidato tem que saber sobre cada viela, cada rua, cada bairro, cada comunidade rural com a palma da mão", destacou o governador Rafael Fonteles (PI)

Os governadores Elmano de Freitas (Ceará), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte) e Rafael Fonteles (Piauí) participaram, no sábado (9), em Brasília, da mesa intitulada Como Construir Vitórias Eleitorais – Relato de Experiências de Sucesso, durante a Conferência Eleitoral e Programa de Governo PT 2024 Marco Aurélio Garcia. Os debates foram coordenados pelo secretário-geral do partido, Henrique Fontana.

A conferência foi organizada pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo (FPA) com o objetivo de fornecer informações, ferramentas e argumentos que podem contribuir para que o projeto petista saia vitorioso das eleições municipais do próximo ano. Com mais de 5 mil inscrições, o evento reuniu, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, dirigentes, pré-candidatos e militantes de todas as unidades da federação.

Durante os debates da mesa, os governadores deram depoimentos sobre como entraram na política e as eleições que disputaram. Escassez de recursos financeiros, articulações dentro do partido, alianças, mobilização da militância, comunicação com os eleitores, derrotas e vitórias foram alguns dos temas abordados.

Fátima Bezerra, por exemplo, falou, entre outros pontos, de sua origem como professora e pedagoga e das dificuldades enfrentadas em disputas eleitorais com as oligarquias políticas do Rio Grande do Norte. Reeleita governadora em primeiro turno, em 2022, ela deu um forte incentivo aos participantes da conferência.

“É um outro tempo, companheiros e companheiras. Vamos mostrar nossa cara, vamos sem medo. Porque nós vamos sair dessas eleições com um resultado vitorioso. O PT tem que mostrar sua cara. Quanto mais candidaturas próprias o PT tiver, melhor. Mas, também, temos que ter sabedoria. O que, de repente, nos remete à composição com os nossos aliados que têm compromisso com a democracia, mas, repito, vai ser uma eleição emblemática, e eu estou muito animada, a começar pelo Rio Grande do Norte”, disse a governadora.

“Nós estamos lá trabalhando para eleger muitos vereadores e vereadoras, prefeitos e prefeitas, começando por Natal, pela capital, com a deputada Natália Bonavides”, acrescentou.

Já um dos assuntos abordados por Rafael Fonteles foi a diferença entre as eleições. Segundo ele, o candidato a governador, deputado ou senador leva vantagem quando é aliado do presidente da República, já que o pleito estadual coincide com o presidencial. Já no caso da disputa municipal, que ocorre dois anos depois, isoladamente, a situação já é mais difícil.

“Você não tem como fazer um link total. A realidade da cidade é diferente. Nós não podemos só confiar nisso, só no apoio que nós temos dos líderes do nosso partido. Já é grande coisa, mas, às vezes, não é suficiente para ganhar a eleição. Então, nós temos que discutir a cidade, os problemas da cidade, de cada comunidade. O candidato tem que saber sobre cada viela, cada rua, cada bairro, cada comunidade rural com a palma da mão”, pontuou o governador do Piauí.

Elmano de Freitas, por sua vez, ressaltou, entre outros pontos, a necessidade de alinhamento das políticas públicas nos planos nacional, estadual e municipal e de os candidatos comunicarem adequadamente aos eleitores sobre a importância das ações do governo Lula para a melhoria das cidades e das condições de vida da população.

O governador também falou que os candidatos devem estar preparados para críticas, cobranças e preconceitos durante a campanha. “Eu queria saudar cada um e cada uma que será candidato e candidata. Porque ser candidato e candidata é ir pra rua, passar na porta da pessoa, e ela ser questionada, e ela ser apontada, ela sofrer preconceito, ou seja, como se fala lá no Nordeste, botar a cara para bater”, afirmou Freitas.

O governador acrescentou: “E nós colocamos a cara para bater no impeachment da Dilma [Rousseff], no golpe contra a presidenta Dilma, botamos a cara para bater até libertar nosso líder político Luiz Inácio Lula da Silva e fazê-lo presidente. Quem botou a cara para bater nesse momento tão difícil, vai botar a cara para bater e vencer, podendo dizer que o Brasil voltou com Lula e voltou com o PT com a maior vitória eleitoral já construída no Brasil”.

 

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