Ex-Líder da Rede no Pará não apoia Marina

A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, perdeu um importante aliado que seria lançado pela Rede Sustentabilidade como candidato ao governo do Pará. Charles Alcântara seria o líder que concorreria ao pleito de outubro, mas ficou sem partido pelo fato de a Rede não ter arrecadado o número exigido de assinaturas para se tornar um partido.

Em texto veiculado em sua rede social no Facebook, Alcântara comenta os motivos que o levaram a não apoiar a candidatura de Marina Silva.

De acordo com o Alcântara, a decisão de se afastar da coordenação nacional da Rede se deu quando a candidata se uniu ao PSB. Ele afirma que, apesar do respeito pela trajetória de Marina Silva, não pode apoiar as recentes propostas adotadas por ela, após sua inserção na legenda pessebista.

Para ele, desde que Marina ocupou o lugar que antes pertencia a Eduardo Campos, falecido em acidente em 13 de agosto, suas propostas mudaram e passaram a ser voltadas especialmente ao mercado financeiro. “Os que vivem da especulação financeira e que faturam bilhões com a dívida pública brasileira estão eufóricos com as declarações de Marina”, afirma.

De acordo com Alcântara, a institucionalização da autonomia do Banco Central e a obediência ao tripé macroeconômico neoliberal já conhecido, são as principais agendas da candidata para “acabar com a velha política” e transformar o País. “Marina tinha e tem o dever de dizer ao povo brasileiro as prováveis consequências de seu programa econômico”, reivindica.

Para ele, há possibilidade de que Marina Silva venha a governar o País, mas sua candidatura não oferece ao Brasil um caminho alternativo. “Votar por convicção, penso, é uma das coisas tradicionais da velha e boa política (sim, porque também há virtudes no velho e há vícios no novo) que eu não me disponho a abrir mão”, afirma.

 

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do blog As Falas da Pólis