Efeito Lula: Brasil é o 2º maior destino de investimento externo, atrás só dos EUA

País recebeu US$ 33,2 bilhões em Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no primeiro semestre, conforme a OCDE. “O Brasil decolando desde que voltou para o rumo certo”, celebrou o presidente Lula

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Com o governo Lula, o Brasil voltou a ter relevância internacional, atraindo cada vez mais o investimento externo

Apesar do terrorismo fiscal do capital financeiro e do catastrofismo da mídia corporativa, a economia brasileira se fortalece e recebe cada vez mais a confiança dos investidores. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Economico (OCDE) divulgou levantamento que coloca o país como o segundo principal destino de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no primeiro semestre deste ano, só atrás dos Estados Unidos.

Em 2023, o Brasil já tinha sido o segundo maior receptor global de investimento externo direto, apesar de o fluxo de US$ 64 bilhões ter representado queda de 12,3% em relação aos US$ 73 bilhões do ano anterior.

Agora, nos primeiros seis meses do ano, os fluxos de IED para a economia brasileira permaneceram estáveis, totalizando US$ 32 bilhões (comparado a US$ 33 bilhões no segundo semestre de 2023).

O presidente Lula destacou, na rede social X, mais esse resultado positivo na economia. “O Brasil decolando desde que voltou para o rumo certo”, afirmou.

Para a OCDE, isso ocorreu ‘na medida em que os movimentos nos empréstimos intraempresas e os lucros reinvestidos mais altos compensaram uma diminuição nos fluxos de ‘equity’ para o Brasil, provavelmente refletindo uma menor atividade de fusões e aquisições internacionais’.

‘Equity capital’ é de especial interesse porque, muitas vezes, é responsável por grande parte da volatilidade dos fluxos de IED e porque está frequentemente associado a novos investimentos, como greenfield ou fusões e aquisições.

De janeiro a março, investimentos de US$ 23,3 bilhões

Os investimentos externos diretos para o Brasil aumentaram principalmente entre janeiro e março, com US$ 23,3 bilhões, baixando entre abril junho para US$ 9,9 bilhões, seguindo a tendência internacional.

O desempenho do Brasil é ainda mais positivo quando se leva em conta que os fluxos de IED para economias do G20 não pertencentes à OCDE caíram 19% no mesmo período.

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Mas o México está correndo rápido na atração de capital externo. O total de IED para a economia mexicana deu um salto de US$ 4 bilhões entre julho e dezembro de 2023 para US$ 31 bilhões entre janeiro e junho deste ano, o que não é detalhado no estudo da OCDE.

Já a India, praticamente a quinta maior economia do mundo e com crescimento de 7% ao ano, também atraiu mais investimento externo, com US$ 18 bilhões (ante US$ 11 bilhões no segundo semestre de 2023), mas ainda bastante inferior ao montante que tomou o rumo do Brasil.

Cenário mundial

Globalmente, os fluxos de IED se recuperaram para US$ 802 bilhões no primeiro semestre de 2024. Mas grande parte do aumento ocorreu no primeiro trimestre deste ano, quando mais do que dobrou, enquanto os volumes caíram 36% no segundo trimestre.

Os fluxos de IED recebidos pelos Estados Unidos (primeiro lugar com US$ 153 bilhões) e pelo México (terceiro) aumentaram em mais de US$ 25 bilhões, em razão do aumento dos lucros reinvestidos.O aumento nos Estados Unidos também se deve, em grande parte, a movimentos em empréstimos intraempresas.

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No total, os fluxos para os países desenvolvidos, excluindo os volumes recebidos por Luxemburgo e pela Holanda, caíram 14%.

O levantamento mostra também a situação da China, que continua a receber cada vez menos IED, mas confirma sua posição de segundo maior investidor externo.

Os fluxos de IED para a economia chinesa ficaram negativos em US$ 5 bilhões entre janeiro e junho, comparado a modestos US$ 6 bilhões no segundo semestre do ano passado.

IED para a segunda maior economia do mundo continua a diminuir em um contexto de risco geopolítico e incerteza de política econômica que afetou a confiança dos investidores estrangeiros.

No entanto, a China aumentou em 12,3% seus investimentos diretos no exterior no primeiro semestre, com US$ 108 bilhões comparado a US$ 97 bilhões no segundo semestre de 2023.

É o segundo maior investidor externo, só atrás dos EUA. Porém, as companhias americanas investiram menos 22,2%, com US$ 175 bilhões neste ano ante US$ 225 bilhões no segundo semestre do ano passado. O Japão é um terceiro investidor, mas também seu volume diminuiu comparado ao semestre anterior.

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Da Redação, com informações do Valor Econômico

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