Efeito Lula: atividade industrial atinge recordes em produção e emprego

CNI divulga que, em outubro, desempenho do setor foi acima do comum para o período: índice de evolução da produção saltou para 53,7, e o de evolução do número de empregados atingiu 51,2 pontos, fechando o quarto mês consecutivo de alta

José Paulo Lacerda/CNI

Para a CNI, dados refletem o aquecimento da produção e do mercado de trabalho industrial

A Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (21), revela que, em outubro, a atividade do setor superou as expectativas. Os dados apontam crescimento em indicadores como utilização de capacidade instalada (UCI), produção e emprego, confirmando seu aquecimento contínuo.

A pesquisa consultou 1.519 indústrias de pequeno, médio e grande porte, entre os dias 1º e 12 de novembro. De acordo com a CNI, os resultados indicam que o setor está em plena recuperação, com boas perspectivas de crescimento nos próximos meses, sustentadas por uma demanda consistente e esforços para equilibrar estoques e produção.

Crescimento expressivo

Segundo a sondagem, o índice de evolução da produção industrial atingiu 53,7 pontos em outubro, marcando um crescimento robusto em relação a setembro e superando o ritmo habitual para o período. Empresários destacam que a demanda por bens industriais segue aquecida, enquanto os estoques continuam abaixo do planejado, impulsionando a continuidade da produção. 

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A utilização de capacidade instalada (UCI) subiu dois pontos percentuais e alcançou 74%. Desde abril, o indicador permanece acima da média mensal histórica. Já o índice de evolução do número de empregados no setor atingiu 51,2 pontos em outubro,  consolidando o quarto mês consecutivo de alta e contrastando com a tendência histórica de redução de empregos no setor nesse período do ano. Para a CNI, esse dado reflete o aquecimento da produção e do mercado de trabalho industrial.

Estoques e expectativas

Embora o índice de evolução do nível de estoques tenha ultrapassado os 50 pontos em outubro, as reservas estão abaixo do nível planejado pelos empresários. Esse cenário deve sustentar o ritmo de produção nos próximos meses, buscando a recomposição dos níveis desejados.

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Marcelo Azevedo, gerente de análises econômicas da CNI, explica: “Normalmente, há alta da produção na passagem de setembro para outubro, até por conta das expectativas de vendas mais fortes no fim de cada ano. Em 2024, além dessa expectativa positiva, a demanda por bens industriais já vinha em crescimento e os estoques estão abaixo do planejado há muitos meses.”

Apesar dos resultados positivos, os índices de expectativa para os próximos meses apresentaram leve recuo, o que é usual para o período. No entanto, as projeções para exportações, compras de matérias-primas e empregos permanecem positivas, indicando confiança no setor.

Esses resultados refletem o otimismo de empresários e a consolidação de boas perspectivas para a indústria brasileira, que reafirma seu papel na construção de um país mais próspero e competitivo.

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Da Redação

 

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