Saída de Graça Foster da Petrobras, para Rui Falcão, é “factoide”

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu a presidente da Petrobras, Graça Foster, e classificou como “pouco crível” a acusação de que ela teria sido conivente com as práticas ilegais cometidas na empresa, mesmo após ser alertada por uma gerente. Durante encontro do PT em São Paulo, na sexta-feira (12), o dirigente comentou a reportagem do jornal “Valor Econômico” que traz supostos e-mails enviados à presidente da estatal.

“Eu não vi esse comunicado. O que eu posso dizer é que Graça Foster e a direção da Petrobras têm tomado todas as medidas pra investigar o que ocorreu lá e as denúncias que apareceram, inclusive, estão sendo investigadas por duas auditorias externas”, explicou Rui Falcão.

Ele ressaltou que Graça não está envolvida em nenhuma das irregularidades apuradas até o momento e que a presidente da estatal substituiu parte da diretoria assim que assumiu o cargo.

Para Falcão, é fundamental manter o rigor nas investigações da Petrobras, assim como as denúncias de formação de cartel no Metrô de São Paulo, conhecido como Trensalão, com “reposição do dinheiro público e punição dos envolvidos”.

O dirigente pediu, no entanto, que as punições não causem mais prejuízo à população, como obras paralisadas e desemprego. “Todas as empresas acusadas de corrupção são grandes realizadoras de obras, são fornecedoras da Petrobras. É preciso que se encontre uma solução que não implique perdão, nem impunidade, mas que o País nem a Petrobras parem, para que não haja desemprego”, defendeu.

“Mais um factoide”, é como o presidente do PT vê a tentativa da oposição de destituir Graça Foster do cargo de presidente da Petrobras. “A substituição de diretores de estatais, bancos e entidades públicas são atribuições dos conselhos e da presidente da República e a oposição está criando mais um factoide”, explicou.

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias.