Ministério da Justiça desmente “Estadão”
Governo afirma que não emitiu relatório com estudos sobre possível atuação de terroristas internacionais no Brasil
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O Ministério da Justiça declara, por meio de nota divulgada neste domingo (22), que não emitiu relatórios com estudos sobre possível atuação de terroristas internacionais no Brasil. O esclarecimento se fez necessário após reportagem publicada no jornal “O Estado de S. Paulo“, no sábado (21), afirmar terem sido interceptadas pelo governo brasileiro tentativas de cooptação de jovens no País para o Estado Islâmico.
“Em nenhum momento houve a distribuição ou a discussão de quaisquer relatórios sobre terrorismo no Brasil, ou mesmo sobre a análise específica de quaisquer grupos terroristas que atuem no mundo”, afirma.
O texto diz, no entanto, que há muitos anos os órgãos governamentais responsáveis trocam informações e análises com autoridades de outros países, com o objetivo de previnir atos terroristas.
“O Ministério da Justiça lamenta qualquer especulação que possa ser feita de hipotéticos relatórios de inteligência desconhecidos ou que não passaram pela análise das autoridades governamentais responsáveis”, conclui.
Leia a nota na íntegra:
“Tendo em vista a matéria publicada no dia de hoje no jornal O Estado de São Paulo sob o título “Governo detecta que EI tenta cooptar brasileiros”, o Ministério da Justiça esclarece que:
1. Desde os trabalhos de preparação da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, a Casa Civil vem coordenando um grupo de trabalho com o objetivo de integrar as ações de segurança pública durante os Grandes Eventos, constituído pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge) e forças policiais que integram o Ministério da Justiça, pelo Ministério da Defesa, pela ABIN e pela própria assessoria técnica da Casa Civil.
2. Este grupo de trabalho, em suas reuniões periódicas, vem tratando de todas as questões relativas a segurança das Olimpíadas, como por exemplo, integração com as forças policiais estaduais, segurança no interior dos estádios, proteção cibernética e prevenção contra atos de terrorismo.
3. Em nenhum momento nestas reuniões operacionais de trabalho houve a distribuição ou a discussão de quaisquer relatórios das áreas de inteligência sobre terrorismo no Brasil, ou mesmo sobre a análise específica de quaisquer grupos terroristas que atuem no mundo.
4. Apesar do Brasil não ter histórico de atos terroristas, há muitos anos os órgãos governamentais responsáveis trocam informações e análises com autoridades de outros países, com o objetivo de atuarmos com eficiência na prevenção contra tais atos.
5. O Ministério da Justiça lamenta qualquer especulação que possa ser feita em relação a informações vazadas de hipotéticos relatórios de inteligência desconhecidos ou que não passaram pela análise das autoridades governamentais responsáveis por decisões na área de segurança publica do governo federal.
Ministério da Justiça”
Da Redação da Agência PT de Notícias