Cientista político critica condução de votações da reforma política

Jairo Nicolau, professor de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro, avalia que condução da votação foi “incomum”

O professor de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro Jairo Nicolau criticou, em entrevista ao jornal “O Globo” publicada nesta segunda-feira (22), a condução das votações sobre a reforma política na Câmara dos Deputados.

Para ele, a reforma política aprovada em primeiro turno pela Casa foi resultado de uma “série de votações desconexas”.

“Os assuntos entravam um depois do outro sem uma hierarquia de prioridades, sem parâmetro. É o que acontece quando você deixa uma votação ao sabor de um plenário. Fica ao sabor dos humores. O que vimos foi uma série de votações desconexas”, avaliou.

“Faltava unidade naquilo. “Agora, idade mínima.” Por que votar idade mínima? O que isso tem a ver? “Agora, fim do voto obrigatório.” Depois vinham uns deputados e rezavam um Pai-Nosso. Pronto, acaba o voto obrigatório, agora reza um Pai-Nosso”, completou o professor.

Além disso, Nicolau defendeu que a reforma política fosse votada com base um relatório e disse que o encaminhamento da pauta foi “incomum”.

“Qualquer um que faz uma reforma em casa tem algum objetivo. Que reforma foi feita? No final das contas, foi acabar com reeleição e mudar calendário. Isso melhora a qualidade da representação nopaís? Acho que tem impacto pequeno”, disse.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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