Câmara retoma votação sobre reforma política e PT atua contra doações privadas

Após manobra regimental na Câmara dos Deputados, a oposição conseguiu aprovar, em primeiro turno, o financiamento de empresas a partidos políticos. Pesquisa aponta que 74% dos brasileiros são contra doações empresariais

A Câmara dos Deputados voltará a debater, nesta terça-feira (7), a proposta de reforma política que está em tramitação pela Casa. Entre os pontos mais polêmicos do projeto está a constitucionalização do financiamento privado de campanhas, aprovado em primeiro turno após manobra, pois o mesmo tema já havia sido rejeitado pelos parlamentares.

O Partido dos Trabalhadores e, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira (6), 74% dos brasileiros são contra as doações empresariais para campanhas eleitorais. Com o objetivo de mudar esse quadro e atender ao clamor da população, parlamentares petistas trabalham na Câmara para reverter a aprovação do texto.

O objetivo dos deputados do PT é impedir que empresas fiquem autorizadas, pela Constituição Federal, a financiar campanhas eleitorais e partidos políticos.

“É cada vez mais forte a compreensão da sociedade brasileira sobre o assunto. Ela já entendeu que o financiamento tem uma forte correlação com corrupção e eleições desiguais. Como as pessoas querem eleições justas e um sistema que de fato contribua com o combate a corrupção, espero que consigamos reverter votos nessa etapa final”, avalia o deputado Henrique Fontana (PT-RS).

Para Fontana, a votação da reforma política no primeiro turno deu resultados “negativos a inexistentes”.

“As contribuições empresariais milionárias tornam as eleições desiguais e quebram o critério da igualdade que deve haver na democracia, além de serem o mais forte motor da corrupção no país. Garantir uma democracia de iguais que combata com mais eficiência a corrupção é tudo o que nós queremos”, afirma o deputado petista.

Na avaliação do líder do PT na Câmara, Sibá Machado (PT-AC), a pesquisa Datafolha com o posicionamento da sociedade contra as doações empresariais é um importante reforço na luta contra a reforma política em andamento na Câmara dos Deputados.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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