Aloysio Nunes xinga petroleiros em manifestação em Brasília
Ato fez parte de manifestações para pressionar contra a o texto de Serra, que está em tramitação no Senado Federal e tira exclusividade da Petrobras na exploração do petróleo do pré-sal
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O senador Aloysio Nunes, do PSDB, se irritou, na manhã desta terça-feira (4), ao ser confrontado pelos petroleiros no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília. Representantes da categoria protestavam, no local, contra o projeto do também senador tucano José Serra, que tira exclusividade da Petrobras na exploração do petróleo do pré-sal.
Aos gritos de “entreguista!”, “entreguista!”, Aloysio classificou os petroleiros que estavam no ato de “vagabundos”. O ato fez parte de manifestações para pressionar contra a o texto de Serra, que está em tramitação no Senado Federal.
Os petroleiros se concentraram na recepção aos senadores que retornaram à Brasília na retomada dos trabalhos legislativos depois de duas semanas de recesso parlamentar, iniciado em 17 de julho.
A manifestação faz parte do “calendário de lutas” da categoria “Em Defesa da Petrobras e do Brasil”. A agenda de protestos contra o projeto seguirá na capital até sexta-feira (7), inclusive com concentrações no próprio Congresso Nacional, informou a Federação Única dos Petroleiros (FUP), em nota veiculada pelo portal na internet.
“Temos que pressionar o Senado na tentativa de reverter a votação desse projeto entreguista”, defendeu o coordenador da Regional Campinas do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro Unificado), Gustavo Marsaioli, na mesma nota.
A medida (projeto 131/2015) torna inócuo o regime de partilha criado no governo Luiz Inácio Lula da Silva e restabelece o processo de concessão para extração em águas superprofundas dos campos da bacia do pré-sal, setor em que Petrobras se destaca no cenário internacional.
Entre outros efeitos, o fim da partilha tira R$ 50 em royalties da educação, nos próximos anos, e R$ 100 bi do Fundo Social, conforme estimativas do senador Lindberg Farias.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias